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Das florestas sustentáveis ao carsharing

A floresta pode ser simultaneamente uma fonte de produção energética limpa e um compensador de emissões fabris, como mostram os casos excelência em Portugal

22 de Abril de 2010 às 12:00
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A floresta pode ser simultaneamente uma fonte de produção energética limpa e um compensador de emissões fabris, como mostram os casos excelência em Portugal





Portucel

Florestas compensam emissões fabris

O carbono que as florestas geridas pelo grupo Portucel retêm anualmente representa mais do dobro das emissões de dióxido de carbono (CO2) registadas em todas as suas unidades fabris. Estas, por sua vez, não representam mais do que 1,1% do total dos sectores abrangidos pelo Comércio Europeu de Licenças de Emissão.


Em 2009, o balanço de carbono do grupo foi positivo. A retenção acumulada de CO2 pelas áreas florestais correspondia a um valor estimado de 6,9 milhões de toneladas. Este valor equivale a mais de 56 mil viagens de automóvel de ida e volta à Lua.



Entre 2002 e 2009, a empresa reduziu em 26% as suas emissões de CO2, devido aos investimentos para minimizar o uso de combustíveis fósseis, como a instalação de novas caldeiras de recuperação nas fábricas de Cacia e Figueira da Foz, a reconversão das caldeiras de biomassa para leito fluidizado nos três complexos industriais do grupo (que permite a substituição de fuel por gás natural, menos poluente) e a modificação do forno da cal, na Figueira da Foz.



Em 2009, o aumento da produção de papel provocou um crescimento de 34% das emissões de carbono face a 2008. Contudo, e para o mesmo universo de instalações em operação no ano anterior, as emissões de CO2 baixaram 6% em 2009.


BES
Emissões limitadas e apoio a projectos ambientais

Desde 2005, que o Banco Espírito Santo (BES) mantém um inventário de emissões de CO2, que resulta de um acordo com o GHG Protocol.


Neste âmbito, o BES assumiu uma série de compromissos de limitação do consumo interno de energia e monitorização anual das emissões nas suas actividades internas,
mas estendendo o conceito também ao negócio, com de políticas de crédito e investimento que beneficiam processos e produtos com impacto positivo no ambiente e na sociedade. O apoio aos clientes na adopção de práticas de eficiência energética e a promoção de investimentos em energias renováveis e no desenvolvimento de tecnologias low-carbon integram-se nestes princípios, que passa também pela colaboração com instituições e organizações da sociedade civil em campanhas de sensibilização.



A política de viagens define prioridades para a utilização dos diferentes de meios pelos colaboradores, com destaque para a video-conferência sempre que possam ser evitadas as deslocações físicas. Para limitar o consumo de energia, o BES utiliza iluminação de baixo consumo, painéis solares, e equipamentos de ar condicionado equipados com recuperação
de calor. As poupanças variam entre 15 e 60%. Estas iniciativas garantiram ao Grupo BES o melhor resultado entre as empresas que entraram em 2009 no Carbon Disclosure Project (CDP) a nível europeu. casa dos bits


Altri
Líder na produção de energia a partir de biomassa


A Altri tem desenvolvido nos últimos anos uma série de iniciativas que pretendem reduzir as emissões de C02 relacionadas com a sua actividade e minimizar o impacto das áreas industriais nas alterações climatéricas. A empresa detém três fábricas de pasta de eucalipto branqueada, a Celbi, Caima e Celtejo, com capacidade anual superior a 500 mil toneladas e a produção é combinada de forma exemplar com a gestão dos 82 hectares de floresta própria.


A Altri pretende até 2012 diminuir em 10% as emissões de origem fóssil directas, que resultam da produção da Celbi. Uma das medidas tomadas nesse sentido passa pela substituição dos combustíveis fósseis por biocombustiveis.



A auto-sustentabilidade a nível de consumo de energia eléctrica, com o recurso à produção de energia verde a partir da biomassa, em parceria com a EDP Bioeléctrica,
é um dos motivos de orgulho, detendo licenças para a produção de 120 MWh de energia, o que lhe garante a posição de liderança nesta área. Actualmente a empresa possui quatro unidades em operação e estão em estudo três projectos potenciais para instalação de caldeiras de biomassa onde os resíduos não aproveitados para a produção
de papel servem para produzir electricidade. O investimento total nesta energia verde está calculado em 250 milhões de euros, dos quais 165 milhões já foram realizados. casa dos bits


Carris
Promover a melhor mobilidade urbana



A Carris é a empresa responsável pelos transportes colectivos públicos de superfície em Lisboa, dispondo de uma rede de 88 carreiras de autocarros, 5 carreiras de eléctricos, um elevador e três ascensores. Apesar de responder por 40% dos movimentos de pessoas em Lisboa, a empresa contribui apenas em cerca de 3,0% para a emissão de poluentes atmosféricos da cidade.


No âmbito do seu contributo para a redução de emissões, a Carris lançou o programa Mob Carsharing, um clube de mobilidade urbana que permite a partilha de um veículo por múltiplos utilizadores, no qual os seus membros dispõem do mesmo quando necessário, mas sem suportar os encargos inerentes (seguro, manutenção, revisões, inspecções, impostos, limpeza e abastecimento), pagando apenas o tempo e distância efectuada.



Os utilizadores dispõem de uma frota, com diversas tipologias de viaturas, distribuída por parques em zonas estratégicas da cidade, bem servidas por transportes públicos.
O acesso às viaturas é feito através do Cartão Lisboa Viva, que também serve como título para utilização dos transportes públicos de Lisboa.

Estudos efectuados mostram que cada veículo a circular em sistema de carsharing permite substituir entre quatro a dez viaturas particulares, com a consequente redução dos efeitos negativos em termos de emissões.


Brisa
A sequestradora de carbono

No âmbito da sua estratégia de redução e compensação do carbono, a Brisa fixou, em 2009, o objectivo de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 6%, no triénio 2010-2012. Atingir este objectivo passa pela adopção de medidas de redução das emissões associadas à sua actividade e pela substituição de fontes de energia, mas também pela implementação de mecanismos de compensação.

As parcerias celebradas com a Companhia das Lezírias e com a Quercus, no âmbito do Programa Brisa pela Biodiversidade, são os projectos mais inovadores.


O projecto Biodiversidade em Montado contemplou a instalação de cerca de 300 hectares de pastagens, no Outono de 2008.


As pastagens melhoradas, com grande variedade de espécies e particularmente ricas em leguminosas, melhoraram a quantidade e qualidade de alimento para gado.


O sequestro de carbono atmosférico no solo por pastagens foi reconhecido no Protocolo
de Quioto como uma medida de mitigação utilizável para cumprimento dos objectivos assumidos de redução. Os ganhos do projecto, face à situação de pastagem natural, representam um acréscimo de sequestro de 1070 a 1588 toneladas de CO2 por ano.


No que respeita ao sequestro de carbono proveniente do Projecto Biodiversidade para o Tejo Internacional, prevê-se, num cenário a 50 anos, um efeito sumidouro de cerca de 93 720 toneladas de CO2 devido à florestação de cerca de 426 hectares com sobreiro, azinheira, alguns freixos e carvalhos.

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