Notícia
PSD admite que Portugal pode não precisar de programa cautelar
“Vamos continuar a ter condicionalidade com ou sem programa cautelar”, sublinhou Miguel Frasquilho, numa declaração sobre a emissão de dívida que o país está a realizar esta quinta-feira. Sobre a forma de Portugal sair do programa de resgate, o deputado do PSD disse ser cedo para saber e salientou que a Irlanda decidiu um mês antes do fim do seu programa.
Portugal está esta quinta-feira, 9 de Janeiro, a emitir dívida no mercado. A emissão de dívida pública já conta com uma procura em torno de nove mil milhões de euros e atraiu o interesse de cerca de 250 investidores, alguns deles novos. Segundo apurou o Negócios, a taxa de juro implícita da operação deverá situar-se num intervalo entre 4,5% e 4,7%. Estima-se que o IGCP emita, pelo menos, três mil milhões de euros, pelo que a procura pode triplicar o montante colocado.
Miguel Frasquilho salientou a “trajectória descente” que se tem verificado nas taxas de juro implícitas nas obrigações portuguesas, o que demonstra uma maior confiança dos investidores na nossa economia. Diria que com notícias positivas, que podemos continuar a ter, nomeadamente em relação à execução orçamental, podemos continuar esperançados nesta rota descendente dos juros”, sublinhou. O “que pode facilitar a vida” dos portugueses.
Quanto à forma de saída do país do programa de resgate, há uma “probabilidade extremamente reduzida” de Portugal precisar de um segundo resgate. “A forma de saída será positiva. Veremos se será necessário um programa cautelar ou não. Recordo que a Irlanda só a um mês do fim decidiu” terminar o seu programa de resgate sem qualquer apoio internacional. “É prematuro estarmos a antecipar” o desfecho, acrescentou Frasquilho numa declaração aos jornalistas no Parlamento, transmitida pela RTP Informação.
“Temos a convicção de que neste momento é prematuro fazer considerações. A saída da troika é importante”, mas “vamos continuar a ter condicionalidade, com ou sem programa cautelar”, isto por que o país precisa de continuar a consolidar as suas contas, nomeadamente reduzir o seu endividamento. “O que significa que com a saída da troika não vamos ter facilidades. As dificuldades vão continuar.”
“Apesar dos indicadores positivos sabemos que a nossa tarefa está longe de estar concluída", acrescentou.