Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Maioria dos portugueses defende reestruturação da dívida

A maioria dos portugueses que teve conhecimento do chamado manifesto 74 revê-se no apelo que aí é feito à reestruturação da dívida. Segundo uma sondagem da Aximage, realizada para o Negócios e para o “Correio da Manhã”, quase dois terços dos portugueses defendem o documento.

20 de Abril de 2014 às 17:31
  • ...

Assinado por um conjunto de personalidades muito heterogéneas entre as quais se destacaram João Cravinho, Bagão Félix e Francisco Louçã, o manifesto causou forte polémica na sociedade, suscitando uma reprovação violenta da parte do Governo. Em concreto, o manifesto defende a reestruturação da dívida pública que supera o limiar dos 60%, com uma redução da taxa média de juro e um alongamento dos prazos de pagamento.

 

Se 63,3% dos portugueses concordam, há 31,3% que, pelo contrário, se opõem ao que aí é proposto. Só 5,4% dizem não ter opinião definida. Significativo é o facto de quase metade dos portugueses não terem conhecimento do manifesto. São 48,5% dos inquiridos, percentagem que pouco muda independentemente das preferências políticas dos eleitores. Os eleitores do CDS são a excepção: apenas 31% dizem desconhecer o documento.

 

Eleitores do PSD contra manifesto

 

Analisados os dados por segmentos partidários, os eleitores do PSD destacam-se pela rejeição do manifesto: apenas 25% o defende, contra 92,3% entre os votantes no BE, 85,1% da CDU e, curiosamente, 84,5% do CDS, partido minoritário que integra o Governo. O apoio à reestruturação da dívida tende a aumentar com o nível de escolaridade, sendo mais evidente nas cidades, na região Litoral Norte e entre os portugueses com menos de 45 anos.

 

O manifesto deu lugar entretanto a uma petição ao Parlamento, que reuniu cerca de 35 mil assinaturas, onde se reclama “uma resolução recomendando ao Governo o desenvolvimento de um processo preparatório tendente à reestruturação honrada e responsável da dívida”.

 

 

FICHA TÉCNICA

Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel.

 

Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 613 entrevistas efectivas: 268 a homens e 345 a mulheres; 119 no interior, 266 no litoral norte e 228 no litoral centro sul; 152 em aldeias, 207 em vilas e 254 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.

 

Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 9 a 12 de Abril de 2014, com uma taxa de resposta de 81,2%.

 

Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 613 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma “margem de erro” - a 95% - de 4,00%).

 

Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.

 

 

Ver comentários
Saber mais Maioria portugueses reestruturação dívida
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio