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Relógios: A ousadia da Tudor

A ousadia tem estado sempre presente na Tudor. A utilização do 26 Oyster Prince na grande expedição ao norte da Groenlândia em 1952 foi um desses momentos.

"Weasel and Plane, 1952-54 British North Greenland expedition" Desmond Homard
21 de Abril de 2018 às 12:00
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A Tudor é um coração que bate em simultâneo com a sua irmã Rolex. Mas tem agora um ritmo próprio, que é visível no núcleo mais restrito que define a sua estratégia e cria os seus relógios.

O edifício da sua fábrica em Genebra está ligado ao da Rolex, mas mantém o seu ADN, que tem vindo a ser reforçado nos últimos anos, como é visível nas explicações serenas e seguras com que os seus principais responsáveis vão pautando esta subtil diferença.

A Tudor está a crescer por si própria e a recolocar-se como uma marca com identidade própria num mercado concorrencial. Nos últimos anos tem reforçado a sua identidade própria com o conceito "Born to Dare", que reflecte a história da marca e tudo aquilo que são os seus compromissos no universo da relojoaria. E é um espelho da aventura de todos os que conseguiram ultrapassar os seus limites na terra, debaixo do mar, no gelo ou no ar, nas mais extremas condições.

Esse constante desafio com os limites da coragem e da resistência sublinham, de resto, a história da marca. Este conceito "Born to Dare" é hoje reflectido por uma série de embaixadores que simbolizam estes princípios, como Lady Gaga ou os jogadores de râguebi da Nova Zelândia. Ousar é isso.

As origens da Tudor remontam a 1926, quando "The Tudor" foi registado pela primeira vez pelo fundador da Rolex, Hans Wilsdorf. O objectivo era criar relógios com a qualidade da Rolex, mas a um preço mais acessível. Um conceito que se manteve.

Wilsdorf dizia: "Há alguns anos que venho considerando a ideia de fazer um relógio que os nossos agentes possam vender a um preço mais modesto do que os nossos relógios Rolex, mas que ao mesmo tempo atinjam os níveis de confiabilidade pela qual os Rolex se tornaram famosos."

Criou uma empresa separada com uma nova marca, a Tudor. Era uma intuição brilhante. Nesse tempo, o mercado para relógios de pulso estava a crescer exponencialmente. A marca impôs-se e, ao longo dos anos, tem vindo a apresentar modelos icónicos como o Black Bay, o Pelagos, o Glamour ou 1926.

No fundo, a lógica de aventura e de ousadia tem estado sempre presente na marca. A utilização de 26 Oyster Prince da Tudor na grande expedição britânica ao norte da Gronelândia em 1952 foi um dos momentos da ligação a uma grande aventura épica. Nessa altura, a Tudor marcava a personalidade e força com os seus produtos e com o carácter visionário da publicidade. Estava definida a filosofia da marca: precisão, confiança, refinamento técnico e qualidade com preços moderados.

Depois de uma fase menos visível, a Tudor ganhou nova energia e vontade de ousar a partir de 2010, com o lançamento do Chronograph da linha Heritage. E, desde então, um novo ciclo de vida criativa estabeleceu-se, permitindo uma autonomia inteligente face à Rolex. Esse futuro constrói-se agora. 

Mergulhar 

Tudor colocou no mercado um modelo que faz parte da sua linha Black Bay, o Fifty-Eight, cujas dimensões são semelhantes aos dos primeiros relógios de mergulho da marca. Este modelo tem um novo movimento fabricado pela própria Tudor, o MT5402, o que lhe confere uma característica ainda mais marcante. O Black Bay Fifty-Eight foi assim baptizado a partir do ano em que foi lançado o primeiro Tudor de mergulho à prova de água até 200 metros, a referência 7924, baptizada Big Crown. Tornou-se um relógio histórico cujas características foram agora recuperadas desde logo em termos estéticos, a começar pelo diâmetro de 39 mm, característica do modelo da década de 50. Não admira que seja apelativo para quem gosta de relógios "vintage" e compactos. Surge agora com uma nova combinação de cores, uma variação bastante subtil da estética da linha Black Bay. A introdução de um novo calibre mostra também a atenção com que a marca está a conferir aos produtos feitos na própria casa, três anos após o surgimento do seu primeiro calibre próprio. Tudo ao serviço de um conceito estético que faz renascer os princípios dos relógios para mergulhadores que tanto sucesso tiveram na década de 50, e que marcaram uma era na Tudor. E integrado na linha Black Bay, que junta as estéticas tradicionais com a criação relojoeira contemporânea. Longe de ser uma simples recuperação de um modelo antigo e básico, este Fifty-Eight tem a sua própria personalidade. Com uma memória de seis décadas. W fernando sobral 

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