Notícia
Quer investir em arte? Comece por aqui.
Um leilão de fotografia pode ser o modo ideal de encetar o investimento em arte, especialmente quando as peças disponíveis são de autores consagrados, ou de temas cativantes.
23 de Julho de 2016 às 10:15
Para espíritos cândidos, introspectivos e contemplativos, como é o caso do autor destas modestas linhas, não será, certamente, a forma ideal de começar a investir em arte, mas ninguém pode negar que um bom leilão provoca emoções devastadoras. Primeiro, é a contemplação da peça e o nascimento selvagem do desejo de a obter, depois a fria análise da capacidade financeira disponível, de seguida o combate pela posse através da licitação feroz e, finalmente, quando tal acontece, por capricho insondável dos deuses e triunfo do capital, a serena certeza de tomada de posse da referida peça.
Em tempos muito recentes, não mais do que uns escassos anos, tem ganho importância uma variação desta arena, que é a dos leilões através das plataformas virtuais, como já foi mais do que uma vez referido neste escrito semanal. O leilão online tem uma série de vantagens. Permite a discrição do licitador e evita a maçada da deslocação, e desencadeia um outro sentimento, agridoce, que é o da angústia prolongada. De facto, o modo de funcionamento é o de reproduzir a licitação original, mas durante um período limitado de tempo, normalmente uma semana. Assim, o licitador faz o seu lance, mas tem de aguardar que outros o façam, durante o referido tempo estabelecido. Assim, o que se perde em intensidade, ganha-se em angústia, o que não deixa de ser interessante.
Uma das empresas mais activas neste campo, várias vezes aqui referida, é a Paddle 8 (www.paddle8.com) que tem, até dia 29, um leilão ideal para os que querem começar a investir em arte. O género é a fotografia, uma expressão que voltou a valorizar-se nos últimos anos. A curadoria da Paddle 8 é sábia, juntando alguns dos autores contemporâneos mais validados pelos críticos, mas também pelo público, com alguns dos temas mais populares, como os retratos de artistas e músicos, as paisagens urbanas e o erotismo.
Assim, na primeira categoria, temos nomes como Cindy Sherman, Richard Avedon, Dan Graham, Annie Leibovitz, Robert Longo ou Robert Mapplethorpe. Na segunda categoria contam-se, entre outras, as imagens de Helmut Newton, os retratos feitos por Bert Stern a Marilyn Monroe ou o de Brigitte Lacombe a Mick Jagger e Jerry Hall, ou as paisagens nova-iorquinas de Elliott Erwitt.
Num total de 78 peças, existem ainda vários trabalhos de fotógrafos pouco conhecidos no mercado popular, mas bastante valorizados, como é o caso de William Eggleston. O valor inicial de licitação da maior parte das peças é bastante acessível rondando, em geral, os 5 mil dólares.
*Nota ao leitor: Os bens culturais, também classificados como bens de paixão, deixaram de ser um investimento de elite, e a designação inclui hoje uma panóplia gigantesca de temas, que vão dos mais tradicionais, como a arte ou os automóveis clássicos, a outros totalmente contemporâneos, como são os têxteis, o mobiliário de design ou a moda. Ao mesmo tempo, os bens culturais são activos acessíveis e disputados em mercados globais extremamente competitivos. Semanalmente, o Negócios irá revelar algumas das histórias fascinantes relacionadas com estes mercados, partilhando assim, de forma independente, a informação mais preciosa.
Em tempos muito recentes, não mais do que uns escassos anos, tem ganho importância uma variação desta arena, que é a dos leilões através das plataformas virtuais, como já foi mais do que uma vez referido neste escrito semanal. O leilão online tem uma série de vantagens. Permite a discrição do licitador e evita a maçada da deslocação, e desencadeia um outro sentimento, agridoce, que é o da angústia prolongada. De facto, o modo de funcionamento é o de reproduzir a licitação original, mas durante um período limitado de tempo, normalmente uma semana. Assim, o licitador faz o seu lance, mas tem de aguardar que outros o façam, durante o referido tempo estabelecido. Assim, o que se perde em intensidade, ganha-se em angústia, o que não deixa de ser interessante.
Assim, na primeira categoria, temos nomes como Cindy Sherman, Richard Avedon, Dan Graham, Annie Leibovitz, Robert Longo ou Robert Mapplethorpe. Na segunda categoria contam-se, entre outras, as imagens de Helmut Newton, os retratos feitos por Bert Stern a Marilyn Monroe ou o de Brigitte Lacombe a Mick Jagger e Jerry Hall, ou as paisagens nova-iorquinas de Elliott Erwitt.
Num total de 78 peças, existem ainda vários trabalhos de fotógrafos pouco conhecidos no mercado popular, mas bastante valorizados, como é o caso de William Eggleston. O valor inicial de licitação da maior parte das peças é bastante acessível rondando, em geral, os 5 mil dólares.
Os segredos da fotografia A peça fotográfica como investimento tem algumas especificidades. O mais importante é saber o número de impressões da série. Uma série da qual só foram feitas cinco impressões tem muito mais valor do que uma impressão que pertence a uma série de cem impressões. Neste capítulo, a Paddle 8 é bastante honesta e, para cada peça, refere a série e o número de impressões. De seguida, o mais importante é a peça vir assinada pelo autor e numerada. Finalmente, como em toda a arte, o bom estado de conservação é determinante para o valor.
*Nota ao leitor: Os bens culturais, também classificados como bens de paixão, deixaram de ser um investimento de elite, e a designação inclui hoje uma panóplia gigantesca de temas, que vão dos mais tradicionais, como a arte ou os automóveis clássicos, a outros totalmente contemporâneos, como são os têxteis, o mobiliário de design ou a moda. Ao mesmo tempo, os bens culturais são activos acessíveis e disputados em mercados globais extremamente competitivos. Semanalmente, o Negócios irá revelar algumas das histórias fascinantes relacionadas com estes mercados, partilhando assim, de forma independente, a informação mais preciosa.