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Quatro sugestões de leitura para um fim de semana recolhido em casa

O Negócios selecionou quatro livros de Economia, Negócios e Mercados que podem ser uma boa opção para este fim de semana prolongado e em recolhimento para muitos portugueses.

06 de Dezembro de 2020 às 12:30
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Com as restrições de circulação previstas para este fim de semana prolongado e com a descida das temperaturas, em baixo estão quatro livros para aproveitar o tempo livre da melhor forma. Dos mais clássicos aos mais contemporâneos, existem obras económicas para todos os gostos.


"A Bolsa para Iniciados" de Fenando Braga de Matos

Neste ano atípico em que muito se falou relativamente aos investimentos em bolsa, torna-se imperativo refletir acerca desta forma de investimento.

Da autoria de Fernando Braga de Matos, "A Bolsa para Iniciados" desmistifica, em apenas 200 páginas, os investimentos em bolsa e apresenta-se como um manual prático para quem não domina o universo financeiro. O autor, através de uma escrita simples e acessível, começa por introduzir diversos conceitos-chave e expõe ao leitor fontes credíveis, a partir das quais este se pode guiar.

"Como em todos os jogos, é preciso aprender táticas e estratégias", garante Matos. Salientando ainda que é necessário estruturar bem um plano para se investir na bolsa, de modo a se acautelarem as perdas e se otimizarem os lucros.

Fernando investe na Bolsa desde 1969 e é um apaixonado pelas teorias intrínsecas ao universo dos jogos. O autor desta obra, rica em recursos estilísticos, acredita que "investir em ações revela-se, em média, o mais democrático e rentável dos investimentos".


"A Tempestade – A crise económica mundial e o seu significado" de Vince Cable

Vince Cable, deputado do Parlamento britânico, escreveu em 2009 um livro intitulado "A Tempestade – A crise económica mundial e o seu significado". Nesta obra, Cable reflete acerca da crise económica e financeira de 2008, comparando-a com as demais.

No presente ano lutamos contra uma crise pandémica, contudo, importa não esquecer as crises passadas e refletir acerca das mesmas. Cable acredita que, quando se esquece a história e o que correu mal no passado, "não se progride".

O autor leva-o numa viagem histórica pelas diversas crises mundiais e explica os motivos que levaram à crise de 2008 e à rutura do sistema bancário. "Quando o crescimento económico mundial ultrapassa as capacidades dos recursos naturais os preços explodem e depois caem, quando se estabelece um novo equilíbrio", salienta Cable. Acrescentando ainda que os efeitos podem ser minimizados se os Governos se encontrarem preparados para "lidar com as crises de maneira racional".

"As tempestades testam a solidez do Estado", afirma Cable, que foi considerado como "o sábio da crise económica", depois de ter lançados diversos alertas, mesmo antes dos preços começarem a cair.

Nesta obra, o escritor reflete também acerca da desinformação e do aparecimento de "profetas", que procuraram "oferecer panaceias fáceis e identificaram bodes expiatórios". Uma problemática comum à da atual crise.

Vince Cable apresenta neste livro uma visão ampla da crise transata, descrita numa linguagem simples e clara. Cable acredita que os países não se devem isolar em tempos de crise e que a chave para o sucesso passa pelos mercados liberalizados.

"Wall Street – Êxitos e fracassos no mundo dos negócios" de Agustí Sala

Se tem curiosidade em saber como começaram algumas das empresas mais icónicas, o livro de Agustí Sala é o ideal para si.

Jornalista especializado em informação económica, Agustí Sala escreveu a obra "Wall Street – Êxitos e fracassos no mundo dos negócios" para dar a conhecer ao leitor as peripécias por que passaram os criadores de algumas empresas até chegarem ao que são hoje.

A Disney, a Coca-cola, a Nokia, a Starbucks e a Sony são algumas das companhias apresentadas pelo autor, neste livro de aventuras e desventuras económicas.

No mundo dos negócios nem sempre se vinga e a história está cheia de exemplos disso mesmo. "Muitas marcas que pareciam imbatíveis acabaram inclusivamente por desaparecer e já não fazem parte da nossa paisagem quotidiana: por vezes são vítimas da concorrência; outras, são-no pela incapacidade de se reinventarem ou adaptarem às novidades do mercado", garante Sala.
 

Não obstante, também existe o reverso da moeda. Walter Elias Disney, o criador da empresa de animação, passou por imensas dificuldades até conseguir ser bem-sucedido. O atual Mickey abriu-lhe portas para o sucesso, mas não foi o seu primeiro desenho-animado. Walter trocava desenhos e rascunhos por cortes de cabelo, fechou a sua primeira empresa por falta de dinheiro e foi enganado nos direitos do seu primeiro boneco, o coelho Osvaldo.

A obra de sala está repleta de ensinamentos e demonstra que fundar uma empresa com uma boa ideia pode ser uma má escolha. O essencial, segundo o autor, é que uma empresa consiga ir sempre mais além e adaptar o seu negócio a novos tempos e realidades.

"O Mundo é Plano" de Thomas L. Friedman

Thomas L. Friedman explica nesta obra o porquê do mundo se estar a tornar plano. Redigido em 2005, este livro permanece atual, 15 anos depois, e transmite uma mensagem muito forte quanto evolução do mundo e tudo o que lhe é intrínseco.

O jornalista norte-americano debruça-se acerca da evolução dos p

Dividido em 13 capítulos, "O Mundo é Plano" descreve os países em vias de desenvolvimento, as empresas e o papel dos governos nas alterações que têm surgido a nível mundial. "O papel do governo e das empresas não é garantir um emprego vitalício – esses dias acabaram. Esse contrato social foi rasgado quando o mundo começou a tornar-se plano", afirma Friedman.aíses e das mudanças em curso nas organizações, sociedades e cidadãos, espelhando nesta obra a história do século XXI e a era da globalização. Friedman aclara a nova estratégia das empresas e afirma que estas agora atuam em mercados abertos e, por isso, mais competitivos.

"Se posso ter cinco investigadores brilhantes na China ou na India pelo preço de um na Europa ou na América, optarei pelos cinco; e se, no longo prazo, isso significar que a sociedade onde estou inserido irá perder parte da sua base de competências, então que seja".


"O único modo de fazer convergir os interesses de ambas as partes – empresas e o país de origem – é ter população com elevados níveis de educação e formação de forma a fazer dela uma vantagem competitiva", reflete ainda o autor estabelecendo uma ligação entre o papel dos governos na educação e as empresas.

Dar mais informações relativamente a esta obra seria reduzi-la. "O Mundo é Plano" deveria ser uma leitura obrigatória para todos os gestores e amantes de economia.

 

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