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Patek Philippe: Memória e modernidade

A Patek Philippe é um dos ícones maiores da alta relojoaria suíça. Está a comemorar os 40 anos de um modelo que marcou um período de renovação da marca, o Nautilus. E, ao mesmo tempo, lança a sua biografia autorizada, que nos permite perceber melhor a evolução da Patek e a do próprio mundo.

26 de Novembro de 2016 às 15:00
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Ninguém duvida de que os relógios da Patek Philippe são guardiães do tempo. Elogios da qualidade técnica e do rigor criativo. Ou seja, obras de arte que perduram no tempo. É uma longa história que se tornou uma lenda desde que, em Maio de 1839, dois emigrantes polacos, Antoni Patek (um empresário) e Franciszek Czapek (um relojoeiro) se juntaram para fundar a Patek, Czapek & Co, em Genebra. Em 1844, Patek viria a conhecer o relojoeiro francês Adrien Philippe e este viria a tornar-se a referência da empresa, depois da saída de Czapek, para continuar a sua actividade por conta própria. Em 1851, a empresa ganharia um novo nome: Patek Philippe & Co. Em 1932, a empresa viria a ser adquirida por Charles Stern e Jean Stern, dois irmãos donos de uma fábrica de relógios em Genebra. E, desde então, a empresa tem continuado nas mãos da família. O prestígio da marca manteve-se sempre intocado.

Toda essa história é agora contada no livro "Patek Philippe: The Authorized Biography", a história definitiva da manufactura suíça, escrita por Nicholas Foulkes, conceituado especialista em arte e relojoaria. Nas suas páginas está descrita a evolução da empresa independente de Genebra desde o início até hoje, e inclui muito material inédito. Mais do que um simples desfilar de factos, a obra foca-se também na relação da marca com as tendências da arte e da alta relojoaria, entendendo-se assim melhor a relação da Patek Philippe com o ambiente histórico envolvente. Ficando a perceber-se melhor a filosofia de sistemática inovação tecnológica (o calendário perpétuo, o cronógrafo, o duplo cronógrafo) e a qualidade que é timbre da marca. O reflexo deste trabalho sustentado são as colecções emblemáticas da marca, como a Nautilus, a Aquanaut, a Gondolo e a Calatrava.

É no meio deste universo de memórias que a Patek Philippe comemora o 40.º aniversário da colecção Nautilus. É o relógio "casual" por excelência das linhas da marca. E este aniversário faz-nos voltar a olhar para 1976 e para as mudanças que, desde então, se têm verificado no mundo. Ao longo delas, o Nautilus manteve estavelmente o seu design e popularidade. Ao comemorar este ano os 40 anos do seu aparecimento, o Nautilus surge com dois modelos comemorativos de edição limitada. Nascido num tempo de grandes transformações, onde se começava a dar cada vez mais atenção ao tempo de lazer, às viagens e ao desporto. As pessoas tinham uma nova filosofia: trabalhavam para viver em vez de viverem para trabalhar. Philippe Stern era um fruto desse tempo. Na altura já tinha uma posição executiva na empresa e pensou que era o tempo certo para lançar um novo modelo, o primeiro de conotações desportivas em 137 anos da história da marca. Em colaboração muito estreita com Gérald Genta, um dos mais talentosos criadores de relógios do século XX, tentou conceber uma peça inovadora.

O Nautilus Ref. 3700/1ª, feito de aço, era uma peça poderosa, muito inspirado nos mecanismos de fecho dos grandes navios, que impediam a entrada da água no seu interior. O seu tamanho pouco usual causou estranheza na época, até porque ia contra os relógios típicos da Patek Philippe, mas o modelo impôs-se. E, com o tempo, foi-se consolidando. A sua modernidade tornou-se, no entanto, uma referência. E o interesse por ele foi crescendo. Em 1981, a Patek haveria de lançar dois modelos derivados do original, com tamanhos mais reduzidos. Já em 1998 o modelo original voltaria a ser determinante, porque o seu imponente tamanho foi recuperado, mas já com complicações adicionais. Outros modelos acabariam por surgir no mercado, incluindo para o público feminino.

Já este ano a Patek Philippe, comemorando o 40.º aniversário do Nautilus, lança duas edições limitadas, o Nautilus 5711/1P (com caixa de 40 mm, com caixa em platina, um verdadeiro tributo ao original, mas denotando as subtis evoluções desde o lançamento de 1976) e o 5976/IG (de 44 mm), em versão cronógrafo. Os dois modelos incluem o conhecido (e simbólico) logótipo da esfera azul esculpida e a gravação "1976-40-2016" para comemorar o aniversário. Cada peça é entregue numa embalagem comemorativa em cortiça natural, tal como acontecia na edição de 1976. Existirão 1.300 peças do modelo 5976, enquanto do modelo 5711 apenas existirão 700 unidades. São dois modelos que fazem jus a uma das marcas mais poderosas da indústria relojoeira e onde o espírito familiar continua a ser determinante. Um tributo à memória e à modernidade. À tradição e ao espírito desportivo. Guardando o tempo.


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