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A queda dos CTT e outras coisas que marcaram o ano nos mercados

Da queda dos CTT à descida dos juros da dívida portuguesa, foram vários os acontecimentos que marcaram o ano de 2017 nos mercados.

23 de Dezembro de 2017 às 15:00
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Um ano de mínimos nos CTT

Um ano de mínimos nos CTT
2017 foi um ano "horribilis" para os CTT. A confirmação de que a companhia não será capaz de manter a sua política de dividendos, nem tão pouco cumprir as suas metas de resultados atirou as acções da empresa de correios para mínimos históricos. Em 12 meses, a empresa de correios perdeu 44% do seu valor de mercado.

BCP e REN reforçam capital

BCP e REN reforçam capital
BCP e REN concluíram, em 2017, reforços de capital. Os motivos que levaram às duas operações foram distintos, mas os dois aumentos de capital foram concluídos com sucesso. No caso do BCP, a conclusão do reforço de capital de 1.332 milhões permitiu ao banco reembolsar o Estado e focar-se na rentabilidade, o que foi muito bem recebido pelos investidores e acelerou um forte recuperação das acções em bolsa. Já a REN aumentou o seu capital em 250 milhões de euros, para financiar a compra da Portgas. Em qualquer um dos casos, as operações estavam garantidas à partida pela participação dos maiores accionistas. O BCP sobe 46,5% em 2017, enquanto a REN é uma das poucas que desce: cai cerca de 3%.

Mota-Engil mais que duplica de valor

Mota-Engil mais que duplica de valor
A Mota-Engil foi a estrela na bolsa de Lisboa. A construtora mais que duplicou de valor - dispara 129% - suportada pelo maior optimismo em torno da economia nacional e dos mercados onde a construtora actua. A companhia liderada por Gonçalo Moura Martins comunicou ainda que ganhou a adjudicação de importantes contratos, continuando a reforçar a sua carteira de encomendas.

Oi? Acções da Pharol disparam 29%

Oi? Acções da Pharol disparam 29%
Os avanços no plano de recuperação da Oi suportou uma valorização das acções da Pharol. A antiga PT SGPS sobe perto de 29% em 2017, com os investidores a posicionarem-se para ganhar com este programa, uma vez que a empresa é a maior accionista da empresa brasileira, com cerca de 27% do capital. Ainda assim, o plano de recuperação ainda não está fechado.

Ataque de zombies continua em Lisboa

Ataque de zombies continua em Lisboa
O número de empresas cotadas no índice de referência nacional continua a diminuir. O BPI foi a mais recente empresa a juntar-se ao clube de empresas que permanecem cotadas em bolsa, mas com um reduzido capital disperso, na sequência da OPA do CaixaBank. Ainda na semana passada, a Sumol+Compal votou a favor da saída de bolsa.

Juros em mínimos: Dívida portuguesa entre as mais rentáveis do mundo

Juros em mínimos: Dívida portuguesa entre as mais rentáveis do mundo
2017 foi um ano de boas notícias para a dívida portuguesa. Aos bons números da economia e da execução orçamental juntou-se a saída do procedimento por défices excessivos e, finalmente, as muito esperadas melhorias de "rating". Primeiro foi a Standard & Poor's a tirar Portugal de lixo, numa decisão inesperada em Setembro. Três meses mais tarde coube à Fitch tornar-se a segunda das três grandes agências de notação financeira a avaliar positivamente a dívida portuguesa, ao melhorar o "rating" do país em dois níveis. Boas notícias que tiveram reflexo directo no comportamento dos juros de Portugal. Depois de terem começado o ano a negociar acima de 3,78%, tendo superado em Março os 4%, a "yield" a dez anos iniciou um ciclo de descidas. A taxa a dez anos segue abaixo de 1,8%, mínimos de Abril de 2015, e um valor inferior ao juro exigido pelos investidores para comprar dívida italiana, um comportamento que coloca a dívida portuguesa como a segunda mais rentável na Europa.

Bitcoin chega ao palco principal de wall street

Bitcoin chega ao palco principal de wall street
2017 foi um ano em que praticamente todos os dias ouvimos falar da bitcoin. A mais antiga e a mais popular das moedas virtuais disparou mais de 1.700%, desde o início do ano, e chegou a superar os 19.500 dólares. Isto depois de os futuros sobre a bitcoin terem começado a transaccionar na CME Group, uma semana depois da rival de Chicago Cboe Global Markets ter introduzido derivados semelhantes sobre a volátil criptomoeda.

Cortes da OPEP ressuscitam ouro negro

Cortes da OPEP ressuscitam ouro negro
Depois dos mínimos de 2016, os preços do petróleo preparam-se para fechar o ano com ganhos. A implementação de cortes de produção por parte dos principais exportadores de crude e as expectativas de recuperação da procura ajudou a matéria-prima a subir para máximos de dois anos. O Brent negoceia acima de 64 dólares por barril, com uma valorização superior a 13%, enquanto o WTI soma menos de 8% para cotar em torno de 58 dólares.

Venezuela dispara quase 4.000%

Venezuela dispara quase 4.000%
3.957,85%. É esta a valorização da praça venezuelana, em dólares. Mas, o que justifica afinal esta escalada astronómica da bolsa de Caracas? Na verdade nada. A forte valorização do índice é o reflexo da hiperinflação vivida pelo país e está a distorcer também o preço dos activos no mercado.

Tecnológicas sempre em recorde

Tecnológicas sempre em recorde
As tecnológicas viveram um ano de euforia. As maiores empresas do sector acumularam ganhos de dois dígitos e algumas atingiram máximos históricos. Os resultados ajudaram à festa. O Nasdaq superou, esta semana, a marca dos 7.000 pontos pela primeira vez na história. Ganha quase 30%, este ano.

Amoníaco soma e segue

Amoníaco soma e segue
O amoníaco - matéria-prima usada no fabrico de fertilizante nitrogenado - tem estado a ser sustentado pela sua maior procura como nutriente das colheitas agrícolas e como material de fabrico de plásticos e fibras. Nos Estados Unidos, o amoníaco acumula uma subida de 53,3% em 2017.

Euro afasta-se do dólar

Euro afasta-se do dólar
A moeda única da Zona Euro continua a ganhar valor ao dólar. Num ano em que se começou a debater a redução dos estímulos monetários por parte do Banco Central Europeu (BCE), o euro sobe perto de 13% para negociar acima de 1,18 dólares. No entanto chegou a superar a barreira de 1,20 dólares.

Dois anos de euribor negativa

Dois anos de euribor negativa
As Euribor, principal indexante do crédito à habitação em Portugal, voltaram a completar um ano em valores negativos. Fixaram novos mínimos históricos (-0,276% na Euribor a seis meses), mas já não há muito espaço para novas quedas. Até porque começa a perspectivar-se a inversão da política monetária.

OTRV conquistam investidores

OTRV conquistam investidores
Numa altura em que a remuneração dos depósitos continua próxima de zero, os portugueses têm vindo a procurar alternativas para as suas poupanças. Para beneficiar deste interesse, o Estado voltou a realizar três emissões de OTRV, sempre reduzindo a taxa de juro. Na última, atraiu 74 mil investidores.

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