Começo com um grito de indignação: como pode alguém fugir do paraíso? E vejam, o que pasma é que, sempre que a insalubre humanidade fugia do paraíso, não se suspendesse o mundo: eu mesmo nasci dois dias depois de uma dessas estentóricas fugas.

Não falo de um paraíso de faunos e ninfas, falo da terra de abundância, leite e mel, que os musculados braços de um proletariado arrebatado e épico criaram ...