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O juiz Zorro deixou cair a máscara

Jair Bolsonaro, um populista com uma agenda que causa muitas (e legítimas) apreensões, foi eleito Presidente do Brasil. Afinal, a democracia é isto. Uma antiga candidata à Casa Branca, Hillary Clinton, derrotada por um outro populista, Donald Trump, admite voltar a concorrer ao lugar. A admissão desta possibilidade é, em si mesma, um espanto. Pelas piores razões. Angela Merkel tomou a decisão de sair da liderança da CDU este ano e posteriormente da chancelaria. Um político que sai pelo seu próprio pé sai sempre em alta. Sérgio Moro, o juiz Zorro do Brasil, tirou a mascarilha, e pôs a descoberto o pior de si.

Harmonia - Auto-satisfação

Harmonia - Auto-satisfação
Jair Bolsonaro
A justiça

Goste-se, ou não, a realidade é esta: a maioria dos eleitores brasileiros escolheu Jair Bolsonaro para seu Presidente. O seu discurso populista, controverso e extremado pode até fazer temer sobre o futuro da democracia no Brasil, mas esta preocupação é tão-só um estado de espírito. Bolsonaro foi eleito porque prometeu segurança, num país onde mais de 60 mil pessoas são assassinadas todos os anos, e um combate férreo à corrupção, um dos problemas estruturais do país e que funcionou como uma hecatombe para o PT. Os que desdenharam de Bolsonaro também contribuíram para a sua eleição.

Decepção - Aviso

Decepção - Aviso
Hillary Clinton
A lua

Em 2016, Hillary Clinton foi derrotada nas presidenciais norte-americanas por Donald Trump. O populismo do "make America great again" venceu o "establishment", o que deveria ter constituído uma lição para os vencidos. Pelos vistos não foi, na medida em que a antiga candidata democrata admitiu esta semana voltar a concorrer ao cargo, possibilidade que só é capaz de provocar espanto. Hillary passou à história e parece não aceitar o facto. Aliás, uma parte da vitória de Trump deveu-se à fragilidade do seu discurso e a uma atitude de superioridade moral que irritou os eleitores.

Provas vencidas - Honra

Provas vencidas - Honra
Angela Merkel
Os namorados

A chanceler alemã anunciou que vai abandonar a presidência da CDU, o que também significa que deixará a liderança do seu país, o mais tardar em 2021. Naturalmente que a decisão foi também precipitada pelos resultados eleitorais da CDU e a erosão da sua popularidade. Ainda assim, Angela Merkel sai pelo seu próprio pé, uma circunstância que é determinante na avaliação de qualquer político. E sai, garantindo para a Alemanha o papel de líder incontestada da União Europeia e da Zona Euro, através da definição de linhas estratégicas como a reforma da união económica e monetária.

Distúrbio - Fuga

Distúrbio - Fuga
Sérgio Moro
A carruagem

O juiz que lidera o Lava Jato e foi responsável por colocar o ex-Presidente do Brasil, Lula da Silva, na cadeia, vai integrar o Governo do Presidente eleito, Jair Bolsonaro, na qualidade de ministro da Justiça. Eis a captura do sistema político pelo judicial em todo o seu esplendor, na medida em que se confundem competências e uma boa oportunidade para questionar a investigação de Moro, argumentando que foi motivado na sua acção por atingir uma colocação política. O Zorro Moro, afinal, pode não o ser.
03 de Novembro de 2018 às 13:00
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