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Museu Bordalo Pinheiro: conhecer a história de Portugal sem sair do sofá
Couves ou andorinhas em cerâmica. Se é português, certamente já se cruzou com as cerâmicas da marca “Bordallo Pinheiro”. E se pudesse voltar atrás no tempo e perceber como evoluíram as criações de Rafael Bordalo Pinheiro? É possível, sem sair do sofá.
Quantas vezes foi a um museu e se questionou sobre o que haveria guardado nos arquivos? Agora, em sem sair de casa, vai ter a oportunidade de responder a esta questão. É que o Museu Bordalo Pinheiro, em Lisboa, disponibilizou a sua coleção "online".
São mais de 13 mil objetos – 13 200, para ser mais exato – disponíveis através de uma pesquisa no "site" deste museu de Lisboa. O espaço físico só reabre a 18 de maio, seguindo o plano de desconfinamento do Governo para a pandemia. Até lá, pode ir fazendo uma espécie de visita exploratória sem sair do sofá, conhecendo a coleção de Cruz Magalhães, o fundador do museu.
Basta aceder à página criada para o efeito e começar a pesquisa. Há obras de cerâmica, azulejaria, fotografia ou gravura assinadas por Rafael Bordalo Pinheiro e por artistas que lhe eram próximos. Um dos traços que caracteriza o trabalho de Bordalo Pinheiro é, precisamente, a crítica social da época a que viveu. Sugestão: procure comparar com os nossos dias e perceber o que mudou ou não.
Para sentir melhor na pele a experiência de ser curador de uma coleção, ou simplesmente guardar as peças que mais gostou para mostrar mais tarde aos amigos, pode criar sua própria seleção, através do espaço "A Minha Coleção".
A marca "Bordallo Pinheiro" é uma das que melhor espelha a identidade portuguesa, embora tenha passado por muitos altos e baixos ao longo da sua história. Ainda hoje tem as portas abertas, nas Caldas da Rainha, onde Rafael Bordalo se instalou para tentar curar uma bronquite no final do século XIX.
Se quiser conhecer mais sobre a história da marca e sobre as pessoas que nela trabalham todos os dias, recomendamos a leitura do artigo "Bordallo Pinheiro: Um sonho vidrado em asas de andorinha", publicado pelo Negócios em 2017.