Notícia
Cadillac CTS: 'American style'
Depois de uma ausência de vários décadas, a Cadillac está de regresso a Portugal, único país europeu onde não estava presente, em grande parte por motivos fiscais.
Características
€73.093
Cadillac CTS Performance AT AWD
Motor: 4 cilindros em linha, 16 válvulas, injecção directa, gasolina, dianteiro longitudinal, alumínio, turbo, sem 'start/stop'
Cilindrada: 1.998cc
Potência: 276cv às 5.500rpm
Binário: 400Nm (3.000-4.500rpm)
Velocidade máxima: 230km/h
Aceleração 0-100km/h: 6,9 seg.
Tracção: total (AWD)
Transmissão: autom. 6 velocidades
Consumo urbano: 12,8l/100km
Consumo extra-urbano: 6,9l/100km
Consumo combinado: 9,1l/100km
Emissões CO2: 212g/km (Euro V)
Outras versões:
2.0L RWD Elegance AT €62.613
2.0L AWD Elegance AT €67.666
2.0L RWD Premium AT €70.313
2.0L AWD Premium AT €75.367
Depois de uma ausência de vários décadas, a Cadillac está de regresso a Portugal, único país europeu onde não estava presente, em grande parte por motivos fiscais.
A marca norte-americana teve uma presença constante no País até meados dos anos 70, com um volume de vendas considerável na década de 50, mas a crise petrolífera de 1973 levou os consumidores a optarem por veículos com menor consumo e dimensões mais reduzidas, o que provocou o afastamento da Cadillac. Em 2006, a Cadillac voltou com o modelo BLS, através do Grupo Bergé, mas foi "sol de pouca dura"!
Este novo regresso faz-se agora com a terceira geração da berlina "premium" CTS, cuja tecnologia e desempenhos estão ao nível das melhores concorrentes europeias, em particular as alemãs Audi, BMW e Mercedes, mas mesmo assim, com este modelo, a Cadillac não deverá ter grande futuro no País.
E não somente pelo facto de as condições fiscais não se terem alterado e continuarem adversas, mas também porque o único motor disponível no CTS - um bloco de quatro cilindros a gasolina de 2.0 litros turbo e 276cv -, não estar adaptado ao nosso mercado. A ausência de uma motorização a Diesel e a falta de uma rede de concessionários à altura para divulgar o modelo, são dois outros aspectos importantes que poderão condenar ao anonimato este Cadillac CTS, cuja apresentação dinâmica à imprensa internacional da especialidade decorreu num evento em Cascais.
Efectivamente, vai ser muito difícil à marca norte-americana obter resultados comerciais com apenas alguns pontos de venda na Europa, e nenhum ainda oficialmente nomeado em Portugal. Fala-se da existência de negociações com alguns concessionários (pelo menos três), um dos quais a Auto Industrial, em Lisboa, mas mais nada se sabe. Daí também que nem a própria Chevrolet Europe arrisque a fazer quaisquer previsões de vendas.
Mesmo assim, a marca do grupo General Motors não exclui a possibilidade de lançar no nosso país outros modelos da gama, onde se incluem, o ATS, o ELR, o SRX e o famoso Escalade. Apesar da sua gama recente, o Cadillac CTS vendeu o ano passado no espaço europeu pouco mais de 440 veículos, incluindo outras versões como a Sport Wagon, o Coupé e o CTS-VC .
Prazer de condução
À boa maneira americana, o Cadillac CTS apresenta um ar imponente no exterior e refinado no interior, onde os materiais e os acabamentos são de primeira qualidade.
Com quase cinco metros (4,97m), é 13cm maior do que a anterior geração, ligeiramente mais baixo (-2cm) e pesa menos 128 quilos, graças à utilização de alumínio em vários pontos da carroçaria, como a estrutura das portas, pára-choques, painel de instrumentos e a tampa do motor.
Esta 'dieta' forçada beneficia o dinamismo e o prazer de condução, sobretudo depois dos cuidados observados ao nível do chassis. Todos os CTS trazem de série Magnetic Ride Control, um sistema de amortecimento permanente ultra preciso, direcção configurável segundo três posições e um eficaz sistema de travagem Brembo. O conforto é assinalável.
No mercado nacional, o CTS está à venda entre os 62.613 e os 75.367 euros, em quatro níveis de equipamento - Elegance, Luxury, Performance e Premium -, e com tracção traseira ou integral (diferença de 5.000 euros).
O 2.0 litros turbo vem acoplado a uma caixa de automática de seis velocidades, algo decepcionante, não só em termos de ruído como de consumos e emissões, quando comparada às caixas de oito velocidades oferecidas por algumas marcas europeias.
No plano tecnológico, nada falta ao CTS: da maioria das ajudas - sistema anticolisão, assistência automática ao estacionamento, luzes adaptativas, câmara traseira, alertas de ângulo morto e de saída involuntária de via -, aos modernos sistemas de conectividade e navegação com ecrã de 12,3 polegadas.