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Alemanha: A difícil tarefa de digerir o passado

A subida do partido da extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) nas sondagens tem feito soar as campainhas. Essa sombra do passado nazi fez milhares de alemães saírem para as ruas em protesto, com cartazes a dizer “nunca mais”. Mas o que está então a dar tantas intenções de voto à AfD? Um discurso que alimenta ressentimentos da reunificação, o saudosismo do marco alemão e a xenofobia.
Filipa Lino 03 de Fevereiro de 2024 às 14:30

A subida do partido da extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) nas sondagens tem feito soar as campainhas. Uma investigação jornalística revelou que o partido, se for poder, poderá avançar com um programa de deportações em massa. Essa sombra do passado nazi fez milhares de alemães saírem para as ruas em protesto, com cartazes a dizer "nunca mais". Mas o que está então a dar tantas intenções de voto à AfD? Um discurso que alimenta ressentimentos da reunificação, o saudosismo do marco alemão e a xenofobia. No meio desta onda de contestação, a líder do partido, Alice Weidel, deu uma entrevista ao Financial Times onde admitiu fazer um referendo à saída da Alemanha da UE. Para isso, teria de mudar a Constituição do país. Algo pouco provável. Tudo isto pode afinal não passar de uma manobra de distração. Mas as eleições regionais no outono estão a ser vistas como um teste à força da AfD.


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