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Tesla é a acção do momento. Mas é a velhinha Ferrari que dá mais dinheiro a ganhar

A Tesla tornou-se na fabricante de automóveis mais valiosa em bolsa, mas é a marca italiana de carros de luxo a empresa mais lucrativa.

Ryan Merrill
13 de Abril de 2017 às 14:27
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Enquanto o mundo estava de olhos postos na Tesla por quem os investidores já pagam quase 300 euros por acção, apesar de nunca ter registado lucros e as suas vendas de carros eléctricos estarem abaixo do esperado, e serem muito, muito menores face às concorrentes - a Ferrari acelerou a fundo.

As acções da marca de luxo italiana valorizaram 74% num ano e a Ferrari tornou-se na empresa que mais dá dinheiro a ganhar aos seus accionistas, embora a sua capitalização bolsista seja de 13,6 mil milhões. Já os títulos da Tesla subiram 25%, no mesmo período, mas a empresa de que todos falam atingiu, recentemente, uma capitalização bolsista superior a 50 mil milhões de euros.

De acordo com a Bloomberg, a performance da Ferrari deve-se aos resultados acima do esperado da empresa, fundada por Enzo Ferrai em 1929.


A decisão do CEO Sergio Marchionne de aumentar a produção de edições especiais de luxo, tais como o desportivo LaFerrari Aperta, que custa 2,1 milhões de dólares, é a principal justificação para a Ferrari ter lucrado 425 milhões de euros (cerca de 450 milhões de dólares), em 2016. Mas não a única. A Ferrari revelou em Março o 812 Superfast, o carro de produção mais rápido da história da marca. Marchionne está lentamente a mudar a estratégia da marca italiana admitindo a construção de modelos híbridos e menos potentes. A empresa, que se limitava a uma produção de 7 mil veículos por ano para proteger sua imagem de marca de exclusividade, vendeu 8.014 em 2016 e espera vender cerca de 8.400 este ano.

"Os investidores estão a descobrir a Ferrari e a sua capacidade para aumentar as margens de lucros desde o IPO, enquanto a Tesla, com a vantagem de ser vista desde o início com estrela dos carros eléctricos, ainda precisa de provar que é capaz de gerar lucros", afirma à Bloomberg Vincenzo Longo, um analista da IG Market, em Milão.


A Tesla que em 13 anos passou de promissora start up à mais valiosa empresa de automóveis em bolsa, teve prejuízos de 2,3 mil milhões de dólares em 2016, e este ano, deverá perder pelo menos 950 milhões de dólares. Os analistas explicam o sucesso da empresa de no mercado de acções com a mística do presidente executivo Elon Musk,  cujos discursos se toram virais e são estudados à virgula. O génio de Silicon Valley tornou num ícone depois de vender a PayPal — da qual era o principal accionista — ao eBay por 1,5 mil milhões de dólares e ter fundado a primeira empresa privada de exploração espacial, a SpaceX, conseguir um contrato com a NASA.


Alexander Potter, da Piper Jaffray, resumiu num relatório de análise à empresa, citado pelo Washington Post, o ‘segredo’ por detrás do sucesso: "A Tesla não é apenas mais uma empresa. Mais do que qualquer outra acção que tenhamos analisado, a Tesla gera optimismo, liberdade, desafio e uma série de outras emoções que, na nossa opinião, as outras empresas não conseguem replicar". 


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