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Preço do petróleo pode afundar 30% se OPEP+ não agir

Os analistas de várias casas de investimento alertam que se o cartel do petróleo não cortar a produção global, o preço pode cair 30%. A OPEP+ reúne-se nos próximos dias 5 e 6 de dezembro, em Viena, Áustria.

12 de Novembro de 2019 às 09:35
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O preço do petróleo pode tombar cerca de 30% no próximo ano, caso a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus parceiros, incluindo a Rússia (OPEP+), não decidam reduzir a oferta global da matéria-prima na sua reunião das próximas semanas, segundo várias notas de analistas do Morgan Stanley, Citigroup e BNP Paribas, divulgadas hoje pela Bloomberg. 

Os preços do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, negoceiam em torno dos 62 dólares por barril, mas podem cair para baixo da marca dos 45 dólares por barril, se a OPEP+ não agir, de acordo com os analistas do Morgan Stanley. Os analistas do Citigroup e do BNP Paribas são menos pessimistas e dizem que a queda pode trazer o preço do Brent para os 50 dólares.

Os analistas adiantaram que a oferta de petróleo fora do cartel deve expandir duas vezes mais com a procura global no próximo ano a aumentar, enquanto novos fornecimentos chegam dos EUA, da Noruega e do Brasil. Caso a Arábia Saudita e a Rússia não decidam controlar a produção este ano, na próxima reunião da organização, os preços vão enfraquer, dizem os bancos.

Uma queda desta dimensão poderia ter um impacto muito agressivo junto de mercados emergentes, cujas economias são muito dependentes da oscilação do preço do petróleo, como é o caso da Venezuela ou do Irão, que já vivem num clima de turbulência social e agitação política.  

Apesar dos alertas, a OPEP+ não se mostrou, até ao momento, muito disponível para cortar a produção de forma drástica, depois de alguns representantes do cartel terem dito que os maiores produtores não estão a pressionar por mais reduções.

A Arábia Saudita parece ter pouco apetite para novos cortes, depois de já o ter feito por mais duas vezes do que estava previsto inicialmente, enquanto outros membros da aliança - incluíndo Iraque e Nigéria - ainda não cumpriram as suas metas, de acordo com os dados recolhidos pela Bloomberg. 

Este ano, o preço do petróleo Brent valorizou cerca de 17% até ao dia de hoje, tendo atingido o seu pico máximo em abril nos 75,60 dólares por barril. Depois, conheceu uma queda acentuada até voltar a disparar, aquando dos ataques às plataformas da Saudi Aramco, em setembro deste ano. Desde então já ofuscou os ganhos desse dia e negoceia agora nos 62 dólares por barril.
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