Notícia
Prada está ‘démodé’?
Acções da gigante de luxo continuam a afundar.
As acções da marca de moda italiana de luxo Prada já perderam cerca de 20% desde o início do ano, na praça de Frankfurt, e continuam esta segunda-feira, dia 11 de Setembro, em queda livre. A marca cotada também em Hong Long fechou hoje naquele mercado a afundar 13,95% e segue a perder cerca de 8% em Frankfurt. Esta desvalorização é a reacção dos investidores às vendas abaixo do previsto no primeiro semestre.
A empresa anunciou sexta-feira, dia 8 de Setembro, que a sua receita caiu 5,7% nos primeiros seis meses do ano, já o lucro líquido recuou 18% para 115,7 milhões de euros até Julho, um resultado muito abaixo do previsto.
Esta performance abaixo do esperado é ainda mais notória porque as suas principais rivais estão a crescer. Os analistas referem que a Prada tem sido lenta a investir no e-commerce. "Embora acreditemos que a Prada ainda é uma das melhores marcas de moda do mundo, a empresa não conseguiu acompanhar a recuperação do sector de luxo", explicaram os analistas do banco de investimento CLSA, numa nota divulgada hoje. "Os investimentos necessários para captar consumidores pesaram mais nos resultados da empresa", acrescenta o banco de investimento que classifica os resultados da Prada como "muito decepcionantes", na mesma nota em que anuncia uma forte revisão em baixa do preço alvo das acções da marca de luxo.
A Prada, com sede em Milão, tem registado queda de vendas desde 2015, quando o lucro líquido caiu 27% (em 2016 o recuo foi de 16%). A empresa já tinha tranquilizado anteriormente os investidores garantindo que estavam no caminho da recuperação, mas esta queda nos resultados fez soar os alarmes. "Estamos numa fase de mudanças profundas", afirmou Patrizio Bertelli, CEO do grupo na passada sexta-feira aquando da divulgação de resultados. "A nossa estratégia, construída em torno da integridade e do valor da nossa marca, vai demorar mais do que o esperado", admitiu.
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