Notícia
Mulheres são melhores a investir do que os homens
Os dados são de um estudo do gigante de serviços financeiros Fidelity, citado hoje pela Reuters.
Os investimentos feitos por mulheres em 2016 tiveram rendimentos superiores em 0,4% (40 pontos base) aos realizados por homens. Esta é uma conclusão de uma análise feita a mais de oito milhões de contas de clientes da Fidelity. O mesmo estudo revela que as mulheres conseguem ainda fazer crescer as poupanças também em mais 0,4% quando comparadas com os homens. Os valores parecem residuais, mas se analisarmos um investimento ou poupança de longo prazo a diferença pode ser muito relevante.
O mesmo estudo, que analisou ainda retornos gerados por 60 mil investidores norte-americanos, revela que as mulheres apresentaram melhores resultados do que os homens nos últimos três anos. Os resultados das mulheres foram aliás melhores na média dos últimos 10 anos.
Os resultados do documento vêm abalar a ideia de que Wall Street é um local de homens. É a queda de um mito, mas os preconceitos ainda existem, até entre as mulheres. O estudo da Fidelity "Women and Money" revela que a maioria das mulheres prefere homens a gerir o seu dinheiro (42%), apenas 9% das inquiridas afirmaram preferir gestoras mulheres. As restantes defendem que não há diferença.
Mas porque é que as mulheres são melhores investidoras?
As mulheres pensam de forma mais "holística" sobre investimentos e criam planos financeiros em torno de objectivos concretos, o seu foco não é tentar vencer o mercado. A estratégia das mulheres é, por regra, de longo prazo.
As mulheres são mais avessas ao risco do que os homens num contexto de investimento. Estudos científicos mostram que mulheres e homens activam diferentes regiões do cérebro quando pensam em tomar decisões de investimento concluem que "os homens estão dispostos a assumir muitos riscos e as mulheres beneficiam de fazer apostas menos arriscadas".
Além de apostar em estratégias de longo prazo, as mulheres economizam em comissões e outros custos associados e, por regra, são mais imunes aos alegados negócios do momento, acrescenta este estudo de desempenho de género realizado por universitários da Terrance Odean (Universidade da Califórnia, Berkeley) e Brad Barber (Universidade da Califórnia, Davis).
"Os homens encaram as acções que escolhem e onde apostam como um desporto e gostam de se gabar dessas escolhas. E isso, normalmente, coloca-os em problemas", resume George Gagliardi, um investidor financeiro em Lexington, Massachusetts, em declarações à Reuters.
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