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Morgan Stanley: Vem aí uma correcção mais forte do que em Fevereiro

Os resultados apresentados pelos grandes nomes de Wall Street deixaram o Morgan Stanley pessimista.

Reuters
31 de Julho de 2018 às 12:05
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A época de resultados do segundo trimestre e as desvalorizações recentes das acções deixaram o Morgan Stanley pessimista com a evolução dos mercados accionistas, antecipando mesmo uma correcção que poderá ser mais acentuada do que a ocorrida em Fevereiro.  

 

O banco de investimento realça que as grandes empresas cotadas em Wall Street apresentaram resultados que não agradaram aos investidores e mesmo os grandes destaques de 2018, como o Netflix e o Facebook, decepcionaram o mercado.

 

O Nasdaq Composite, índice que reúne as tecnológicas norte-americanas, fechou esta segunda-feira a recuar mais de 1% pela terceira sessão seguida, o que já não acontecia há cerca de três anos.

 

"A pressão vendedora só agora começou e esta correcção será a maior desde a que aconteceu em Fevereiro", refere o Morgan Stanley numa nota a clientes citada pela Bloomberg.  Para os analistas deste banco de investimento, esta correcção nas bolsas "pode muito bem ter um impacto negativo mais acentuado nas carteiras dos investidores, uma vez que esperamos que esteja centrada nas tecnológicas, bens de consumo e ‘small caps’".

 

Na forte correcção que ocorreu no arranque do ano, o Nasdaq desvalorizou 10% desde os máximos de Janeiro até 8 de Fevereiro. Numa das sessões mais negras dessa correcção, o Dow Jones registou uma queda recorde em pontos.

 

Apesar de muitas cotadas estarem a reagir em queda aos resultados que anunciaram, mais de 85% das empresas do S&P500 apresentaram resultados acima do esperado pelos analistas. "Talvez isso mostre que apesar de os resultados estarem a ser excelentes, já atingiram um pico", refere a Sanford Bernstein.

 

A pressão vendedora sobre as tecnológicas acentuou-se com os resultados do Facebook. O valor de mercado da rede social caiu 120 mil milhões de dólares, sendo que nunca antes uma empresa tinha visto a sua capitalização bolsista encolher tanto em apenas um dia (o anterior recorde era da Intel durante a bolha tecnológica). Um desempenho negativo que se tem prolongado nas últimas sessões e que ocorreu depois de ter publicado as contas do segundo trimestre e ter revelado que estima um abrandamento dos utilizadores e das receitas.

 

"O tema que começou a emergir depois dos resultados do Facebook, Amazon e Netflix é que atingimos um ponto de saturação nas acções FAANG" (Facebook, Amazon, Apple, Netlix e Google, cuja casa-mãe é a Alphabet), explica  Michael Antonelli, gestor da Robert W. Baird, à Reuters.

 

Um dos índices que mede o desempenho do sector tecnológico, e que inclui cotadas como o Facebook e a Alphabet, o NYSE Faang+ entrou esta segunda-feira em correcção: já cai mais de 10% face ao último máximo intradiário que atingiu a 21 de Junho. 

 

"Estas empresas testaram a gravidade durante vários anos e agora estão a começar a voltar à Terra", considera Michael Underhill, especialista da Capital Innovations , em declarações ao FT. "Das cinco empresas FAANG que já anunciaram resultados, duas falharam juntamente com outras cotadas de elevado crescimento e este grupo está a ficar sob pressão",  revelou  Steven DeSanctis . O analista do Jefferies frisou que "isto apresenta-nos o catalisador para nos virarmos para o tema do valor e das avaliações". 

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