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IMF – FED e BCE admitem reforçar mais os estímulos

Gilead com resultados positivos em ensaio clínico sobre possível tratamento do Covid-19; FED e BCE admitem reforçar ainda mais os estímulos; Crude recupera de parte das perdas; Ouro segue em torno de máximos de 7 anos.

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Gilead com resultados positivos em ensaio clínico sobre possível tratamento do Covid-19

A farmacêutica norte-americana Gilead anunciou que os primeiros resultados de um estudo do governo dos EUA mostraram que o seu medicamento experimental para tratar o coronavírus (Remdesivir) ajudou os pacientes a recuperarem mais rapidamente do que o tratamento padrão, sugerindo que este poderá tornar-se num tratamento eficaz para o Covid-19. Anthony Fauci, diretor do instituto e o principal especialista em doenças infeciosas do Governo, disse que o ensaio clínico mostrou um efeito positivo significativo no vírus e que os resultados são notícias positivas. Adicionalmente, de acordo com o New York Times, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA planeia anunciar uma autorização de uso de emergência para o medicamento, o que poderá ocorrer já na próxima quarta-feira.

Tecnicamente, os títulos da Gilead transacionam com uma tendência de alta desde o início de fevereiro. A ação encontra-se de momento a testar a resistência dos $85. Tendo em conta o canal ascendente no qual transaciona e o sinal de compra do MACD é esperada uma quebra a este nível no curto-prazo, tendo como próxima resistência os $90.


FED e BCE deixam taxas de juro de referência inalteradas, mas podem aumentar mais os estímulos

Apesar de mais curta (devido ao feriado de 1 de maio), a última semana foi bastante preenchida. Começando por ordem cronológica, a FED manteve a taxa de juro diretora no intervalo entre 0 e 25%, reiterando a promessa de fazer tudo o necessário para sustentar a economia durante a pandemia, que, não só "pesará muito" sobre as perspetivas para o curto-prazo, mas representa também riscos consideráveis para o médio-prazo. O Comitê indicou que a procura mais fraca e os preços do petróleo mais baixos estão a reter a inflação dos preços do consumidor e que as interrupções da atividade económica têm significativamente afetado as condições financeiras e prejudicado o fluxo de crédito para famílias e empresas dos EUA. O BCE manteve parte das suas políticas inalteradas, nomeadamente as taxas de juro e as compras de ativos. A principal ação caiu sobre as operações de financiamento de longo-prazo (TLTRO) que serão aliviadas ainda mais, com a taxa de juro das operações TLTRO III durante o período entre junho de 2020 e junho de 2021 a serem cortadas em 50 pontos base abaixo da média do Eurosistema. Adicionalmente, o BCE anunciou o lançamento de uma série de operações de refinanciamento não-direcionado e de longo prazo para a emergência pandémica (PELTROs na sigla em inglês). Esta tem o intuito de apoiar as condições de liquidez no sistema financeiro e contribuir para preservar o normal funcionamento dos mercados monetários ao criar um recurso eficaz de liquidez. Na conferência de imprensa que sucedeu a decisão, a Presidente do BCE, Christine Lagarde, pronunciou-se sobre o futuro da economia da ZE. Para Lagarde, o BCE deverá permanecer em modo de combate à crise até 2021, para combater um "declínio sem precedentes" na economia da ZE. A projeções do Banco apontam para uma contração do PIB de 5% a 12% este ano.

Tecnicamente, o Eur/Usd aparenta ter dado por terminada a tendência de queda que apresentava para o curtíssimo-prazo, após ter quebrado a linha de tendência descendente e os $1.09. O MACD apresenta agora sinal de compra, sinalizando um teste aos $1.10.


Crude recupera de parte das perdas

Após perder terreno no início da semana, o crude acabou por recuperar, impulsionado pelos sinais de que o consumo de combustível está a começar a recuperar nas maiores economias do mundo e que esta tendência irá continuar à medida que as economias começam a reabrir. Adicionalmente, os cortes na produção global começam a compensar os danos causados pela diminuição da procura. Os dados da EIA mostraram uma queda surpreendente nos inventários norte-americanos de gasolina e um salto na procura. Na China, o tráfego está a voltar às ruas, apoiando um aumento no consumo de combustível e nas taxas de processamento de refinarias.

Ouro segue em torno de máximos de 7 anos

A procura por ativos de refúgio ajudou a impulsionar os investimentos em ouro, que atingiram o nível mais alto desde a votação do Brexit e da eleição de Donald Trump, de acordo com o World Gold Council. Ao mesmo tempo, o consumo de joias, barras e moedas de ouro na China caíram para mínimos de vários anos, com os preços mais elevados e as medidas de confinamento resultantes do Covid-19 a dissuadirem os compradores. O ouro segue a transacionar em máximos de sete anos, acima dos $1700/onça, à medida que os investidores procuram uma "reserva de valor" enquanto as economias são afetadas pela pandemia.

Tecnicamente, a perspetiva bullish do ouro deteriorou-se ligeiramente na última semana, com o metal precioso a não conseguir afastar-se de forma significativa os $1700/onça.


As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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