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IMF – Eur/Zar já subiu 13.5% desde fevereiro

Investidores receiam independência do Banco Central Sul Africano e contração no 1º trimestre; Eur/Usd alcançou máximos de 2 meses, impulsionado por Draghi e Nonfarm Payrolls; Aumento dos inventários norte-americanos pressionaram o preço do crude; Ouro impulsionado por turbulências no mercado e descida do dólar.

Negócios 10 de Junho de 2019 às 11:00
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Rand perde terreno, refletindo receios em torno da economia sul africana

O governo da África do Sul decidiu alargar o mandato do Banco Central do país (SARB) para incluir objetivos para o emprego e crescimento, para além da inflação, horas após ter sido divulgada a pior contração do PIB na última década. O rand aumentou as suas perdas após esta decisão devido a receios quanto à futura independência do Banco Central. No primeiro-trimestre, a economia sul africana contraiu 3.2% y/y, bem acima dos 1.7% y/y esperados. O rand tem vindo a perder terreno, refletindo os receios em torno da economia e das potenciais mudanças já referidas. A confiança permanece frágil apesar das promessas de Ramaphosa de atrair investimentos, criar empregos e erradicar a corrupção. Apesar de a Moody’s ainda manter o rating de crédito do país em Baa3, teme-se que o grau de investimento esteja em risco.

Tecnicamente, o Eur/Zar sofreu um recente rally tendo alcançado os 17 rands. A perspetiva bullish para o médio-prazo mantém-se, mas levanta-se a questão se irá corrigir em baixa no curto. Tendo em conta que o par negoceia próximo do limite superior do canal, nos 61.8% de retração de fibonacci, em overbought e acima da banda superior de Bollinger tudo aponta para que haja uma correção até aos 16.3 rands, antes de prosseguir com as subidas.

Eur/Usd alcançou máximos de 2 meses, impulsionado por Draghi e Nonfarm Payrolls

O Eur/Usd alcançou máximos de dois meses na sexta-feira, após ter testado várias vezes os $1.13 durante o decorrer da semana. Inicialmente, o par foi impulsionado pela divulgação de PMIs robustos na Zona Euro, mas a subida acabou por ser temporária tendo recuado novamente abaixo dos $1.1250. Na quinta-feira, o par conseguiu novamente testar os $1.13 durante o discurso de Draghi, após os comentários do Presidente mostrarem que a posição do BCE, apesar de dovish, foi bastante mais moderada que o mercado achava. Os fracos números do relatório do emprego privado dos EUA na sexta-feira acabaram por dar o impulso final, levando o par a testar os $1.1325.

Tecnicamente, apesar de o Eur/Usd ter quebrado a linha de tendência descendente, ainda é necessária alguma cautela para possíveis correções em baixa, antes de o par dar continuidade às subidas. Uma descida aos $1.125 poderá diminuir a perspetiva bearish.

Aumento dos inventários norte-americanos pressionaram o preço do crude

Os preços do petróleo recuaram durante a semana, tendo renovado mínimos de quase cinco meses. Estes foram pressionados pelo aumento dos inventários norte-americanos, com a EIA a divulgar uma subida de 6.8 milhões de barris, enquanto o mercado esperava uma queda de 800 mil barris, elevando assim os stocks para máximos de dois anos. No entanto, na sessão de sexta-feira o preço do crude recuperou de parte das perdas registadas durante a semana, impulsionado pela possibilidade de os EUA virem a adiar as tarifas ao México.

Tecnicamente, após ter quebrado o suporte dos 50% de retração fibonacci, o crude recuou até aos $51.62 – 38.2% de retração de fibonacci, onde ressaltou, negociando agora acima dos $53. O par negoceia em oversold e o MACD poderá inverter o sinal de venda, levando o crude aos $54.50. No entanto, se o teste falhar levará o ouro negro a recuar novamente aos $51.60.

Ouro impulsionado por turbulências no mercado e descida do dólar

O ouro continua a ser impulsionado pelo enfraquecimento do dólar e das recentes turbulências no mercado. Trump ameaçou novamente a China com tarifas adicionais a $300 mil milhões de produtos e afirmou que as negociações com o México não tiveram avanços "suficientes". O dólar em mínimos de sete semanas face a um conjunto de moedas também impulsionou a subida do metal-precioso.

Tecnicamente, o ouro testa neste momento a resistência dos $1345, sendo que a quebra do mesmo levará o ouro para máximos de abril de 2018. O estocástico e o RSI, junto com o facto de o ouro negociar em cima da banda superior de bollinger e numa resistência relevante ($1345), aponta para uma correção em baixa dos recentes ganhos. Contudo, espera-se que o ouro possa prosseguir com as subidas em breve.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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