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Hedge Funds que apostam no euro batem recordes

A posição líquida dos gestores em contractos de futuros em euros registou máximos desde 2006, na semana passada. Nos últimos dois meses o euro teve a maior valorização em sete anos.

05 de Junho de 2017 às 12:22
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A maioria dos hedge funds está a apostar na valorização do euro, pela primeira vez em mais de três anos. O número de apostas contra a moeda única está a cair desde o início de 2017, e pela primeira vez desde Maio de 2014 a maioria dos contractos de futuros destes fundos de investimento no euro é positiva.  

Os investidores estão confiantes do crescimento económico da União Europeia, em vésperas de reunião do Banco Central Europeu onde se espera um tom optimista, mas cauteloso. A Bloomberg, revela, esta segunda-feira 5 de Junho, que maioria dos 60 economistas consultados prevê que a normalização da política monetária da Zona Euro será feita da forma mais gradual possível.  


Na passada sexta-feira o
euro subiu para um valor máximo de quase sete meses face ao dólar. A moeda única segue o ritmo ascendente desde a vitória de Emmanuel Macron nas eleições presidenciais francesas no mês passado, um resultado que afastou o fantasma de uma profunda crise no euro. A maior estabilidade política, o crescimento da economia, mas também os resultados acima dos esperado dos lucros das empresas impulsionaram o euro que registrou dois meses consecutivos de 2% mais ganhos, a maior valorização em 7 anos (desde 2012).


As apostas no mercado de hedge funds que lucram quando o euro sobe, ultrapassaram as que apostam na desvalorização da moeda única em mais de 14 mil milhões de dólares, de acordo com o Financial Times. Que acrescenta que a posição líquida dos gestores em contractos de futuros em euros registou máximos, desde pelo menos 2006, na semana passada, segundo a CFTC - Commodity Futures Trading Commission. Por outro lado, os gestores reduziram sua posição líquida em dólares para o nível mais baixo em dois anos.

Mazen Issa, trader de moeda estrangeira na TD Securities, disse ao Financial Times que este o movimento "bastante rápido" nos futuros de longo prazo, que lucram quando a moeda sobe, pode representar "alguns riscos" para o euro, já que "o mercado pode estar demasiado à frente de si próprio". O analista justifica esta euforia com a "narrativa comum que existe acuamente no mercado que acredita que o BCE vai defender que os riscos da zona euro são menores".

Já Brian Kennedy, gestor na Loomis Sayles, diz que "os maiores riscos para a Europa foram as eleições e estas tiveram os melhores resultados possíveis para os mercados", "há sentimento geral de optimismo em relação ao crescimento", concluiu o especialista.

Os "hedge funds" estão, no entanto, globalmente em queda. Os dados da Hedge Fund Net Database, indicam que este tipo de investimento de maior risco regista este ano um "performance" abaixo do mercado.A agressividade das estratégias de investimento dos "hedge funds" parece não estar a cumprir os objectivos de retornos acima do mercado a que se propõe. Esta tendência de queda já se regista há últimos anos. Os "hedge funds" apresentaram um retorno médio de 11,98% em 2006, e de 8,98% em 2005. Nas duas situações, inferiores à "performance" das principais bolsas mundiais.

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