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Goldman: Quem falhou o "rally" de janeiro vai ter ganhos limitados no ano
"O 'rally’ que aguardávamos aconteceu de forma rápida, pelo que a partir daqui prevemos apenas ganhos modestos nas ações", refere o Goldman Sachs.
Os investidores que não tiraram partido do "rally" de janeiro nos mercados acionistas falharam aquele que será o período com melhor retorno em 2019, refere o Goldman Sachs.
"O desempenho no início do ano – quando os mercados ajustaram depois de terem sobrevalorizado um abrandamento da economia – quase desapareceu", refere a equipa de analistas do Goldman Sachs, liderada por Sharon Bell.
"O "rally’ que aguardávamos aconteceu de forma rápida, pelo que a partir daqui prevemos apenas ganhos modestos nas ações", refere o relatório do banco de investimento norte-americano.
As ações mundiais registaram uma forte valorização em janeiro, recuperando do brutal "sell off" do quarto trimestre, devido à postura mais branda da Reserva Federal e otimismo com um final feliz nas negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China. Face aos mínimos de dezembro as ações norte-americanas subiram 16% e as bolsas europeias acumulam ganhos de 9% no mesmo período.
Apesar desta impressionante recuperação, muitos investidores preferem continuar à margem devido ao elevado número de questões em aberto, sobretudo relacionadas com o comércio e a evolução da economia global, bem como ao fraco consenso sobre a direção do mercado. Tal tem resultado num volume de negociação mais fraco.
Ainda que os economistas do Goldman esperem que o crescimento económico nos Estados Unidos e na Europa estabilize este ano, assinalam que não vai regressar ao ritmo anterior, o que suporta a continuação de um mercado com reduzida liquidez e amplitudes de variação mais limitadas.
Os analistas do Goldman consideram que este regime de trading "estreito e estável" é sobretudo verdade para a Europa, onde o crescimento dos resultados líquidos deverá ser limitado. O banco estima que o índice Stoxx600 valorize cerca de 4% nos próximos 12 meses.
Dado que o ambiente nos mercados não é muito favorável na Europa e nos EUA, em termos de trading e desenvolvimentos macro, "não esperamos ‘drivers’ muito fortes em termos de fatores, estilos e setores", diz o Goldman.
Ainda assim o banco recomenda cotadas com balanços fortes, que possam registar um bom comportamento em alturas de retornos baixos. O Goldman salienta que chegou ao fim o período de melhor desempenho das cotadas de crescimento, mas também não espera retornos elevados nas empresas que se destacam pelo pagamento de dividendos elevados.