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Fantasma da insolvência volta a pairar sobre Thomas Cook. Ações afundam

A Thomas Cook, gigante da indústria de viagens, está de novo no meio do furacão. Os receios de colapso, que pairaram sobre a empresa em 2011, regressaram. O rating da empresa está em nível “lixo”, com as agências a colocarem a notação financeira num patamar que reflete “riscos substanciais”.

Reuters
23 de Maio de 2019 às 14:54
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A agência de viagens Thomas Cook está novamente a atrair as atenções, com investidores e clientes a recearem a falência da empresa britânica. As ações acumulam uma queda superior a 60% este ano, negociando em mínimos de 2011, período conturbado devido ao risco de colapso.

 

Os receios aumentaram depois de na semana passada a empresa ter apresentado resultados do primeiro semestre fiscal (terminado em março), revelando um prejuízo antes de impostos de 1,5 mil milhões de libras e uma dívida líquida de 1,1 mil milhões de libras.

 

E deixou o alerta sobre a potencial deterioração dos seus resultados no segundo semestre. A Thomas Cook aponta "culpados" para a atual situação: questões geopolíticas, que incluem a instabilidade na Turquia, a onda de calor prolongada do ano passado e o adiamento de viagens dos britânicos devido ao Brexit.

 

Estes dados provocaram quedas abruptas nas ações e já levaram as agências de rating a cortar a notação financeira da Thomas Cook. A S&P e a Fitch, que mantiveram o rating da empresa de viagens no mesmo patamar (considerado "lixo") desde 2012, decidiram agora reduzir a notação para um nível ainda mais baixo, e que reflete "riscos substanciais" no cumprimento dos seus compromissos financeiros.

 

A Thomas Cook está num processo de venda de ativos, estando à procura de compradores para alienar 105 aviões, de forma a angariar fundos para financiar a operação.

 

Além disso, a empresa já fechou 21 lojas e tem planeado mais cortes de custos, segundo a BBC.

 

A empresa tem reiterado que a sua operação não corre riscos, assegurando aos seus clientes que as suas viagens não estão em causa.

 

"Temos o apoio dos bancos credores e dos maiores acionistas", garantiu a empresa no último domingo. "Temos amplos recursos para operacionalizar o nosso negócio", acrescentou.

 

"Temos levado os nossos clientes para as suas férias nos últimos 175 anos e tencionamos fazê-lo por muito tempo", adiantou a empresa através da sua conta de Twitter. "Estamos a trabalhar normalmente e não vamos entrar em insolvência", acrescentou.

 

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