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CTT afundam mais de 8% após corte de dividendo e quebra de lucros
As ações dos CTT fecharam com uma descida acentuada, com os investidores a refletirem a quebra dos lucros de 2018 e consequente corte do dividendo. Os títulos registaram mesmo a queda mais acentuada no último ano.
Os CTT terminaram a sessão com uma desvalorização de 8,11% para 2,878 euros, o que representa o valor mais baixo desde 31 de dezembro.
A sessão foi também marcada por uma elevada liquidez, tendo trocado de mãos mais de dois milhões de títulos, quando a média diária dos últimos seis meses é inferior a 500 mil ações.
A justificar a descida abrupta dos CTT em bolsa estão anúncios feitos ontem. Por um lado, os lucros encolheram 28% para 19,6 milhões de euros, numa nova deterioração dos resultados, num período marcado pela reestruturação. O presidente dos Correios, Francisco de Lacerda, realçou, durante a conferência de imprensa de apresentação de resultados, que os CTT estão a conseguir superar as metas traçadas no plano de reestruturação, com as poupanças e as mais-valias geradas a ficaram acima dos objetivos traçados.
A pesar na negociação está outro anúncio: o corte do dividendo que será distribuído pelos acionistas. A proposta do conselho de administração é para que os investidores recebam 10 cêntimos por cada ação detida, o que compara com os 38 cêntimos pagos no ano passado e que representa o valor mais baixo da história da empresa.
Os CTT distribuíram sempre dividendos aos acionistas desde que estão em bolsa, tendo pago 40 cêntimos por cada ação em 2014 (primeiro ano). Nos três anos seguintes foi sempre superior a 46 cêntimos, tendo apenas descido no ano passado.