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BPI diz que aeroporto do Montijo deverá beneficiar Mota-Engil. Ações sobem 4%
As ações da Mota-Engil estão a subir 4%, depois de o Estado ter assinado um acordo com a ANA para a construção do aeroporto complementar do Montijo. Um projeto que o BPI acredita ser positivo para a construtora.
As ações da Mota-Engil estão a registar uma forte subida na bolsa de Lisboa esta quarta-feira, 9 de janeiro, um dia depois de o Estado português ter assinado um acordo com a ANA Aeroportos, que prevê a construção de um novo aeroporto no Montijo, assim como a expansão do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
Os títulos estão a subir 3,94% para 1,792 euros, depois de já terem valorizado um máximo de 4,06% para 1,794 euros. As ações da construtora liderada por Gonçalo Moura Martins estão assim muito próximas do máximo de 27 de novembro alcançado na sessão de ontem, de 1,81 euros.
Numa nota de análise revelada na terça-feira, os analistas do BPI referem que a construção do novo aeroporto do Montijo "deverá ser positivo" para a empresa "por duas vias distintas".
"Vai aumentar o tráfego numa das suas principais concessões (Lusoponte) e acreditamos que a Mota-Engil também está em boa posição para integrar o consórcio de construção deste grande projeto", sublinha o BPI.
E acrescenta: "Recordamos que a ANA é detida pela Vinci, que é parceira da Mota-Engil na Lusoponte. No que respeita à construção não é claro se será lançado um concurso público par escolher um consórcio de construção ou se será entregue diretamente a um consorcio ANA/Vinci. Em ambos os cenários vemos a Mota-Engil em boa posição para integrar o consórcio de construção".
Recorde-se que o Estado assinou na terça-feira um acordo com a ANA, detida pela Vinci, que prevê o desenvolvimento do aeroporto complementar do Montijo, na margem sul do Tejo, assim como a expansão do aeroporto de Lisboa, num investimento, sendo que a ANA se compromete a investir no projeto até 1,7 mil milhões de euros.
Em pouco mais de duas horas de negociação já trocaram de mãos quase 500 mil ações da Mota-Engil, mais de metade da média diária dos últimos seis meses. Este valor foi amplamente superado em quase todas as sessões deste ano, em particular nos dias 4 e 7, em que os títulos subiram 7,19% e 5,63%, respetivamente. Os títulos acumulam uma valorização superior a 11% desde o início do ano.
Os analistas do BPI atribuem um preço-alvo às ações de 3,10 euros e a recomendação de "comprar".
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.