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BiG: Escalada das bolsas deve continuar até final do ano
O BiG Research permanece optimista para os mercados accionistas, embora salienta alguns riscos para esta perspectiva, nomeadamente a guerra comercial.
O BiG Research publicou esta sexta-feira, 6 de Julho, o seu "outlook" para o terceiro trimestre, adoptando no documento um tom optimista para os mercados accionistas.
"Numa perspectiva de momentum sectorial, e não obstante o incremento de volatilidade, acreditamos que o actual bull market tem espaço para continuar durante o terceiro trimestre", refere o research elaborado pela equipa de analistas liderada por João Lampreia.
Entre os factores que leva o BiG a prever a "continuação da escalada bolsista durante os próximos três a seis meses", está o "robusto crescimento económico", os "lucros em níveis recorde", bem como "a confiança do consumidor em níveis máximos de mais de uma década".
A maioria das bolsas europeias acumula perdas ligeiras no acumulado deste ano (o Stoxx600 cai perto de 2%), embora a praça portuguesa esteja em alta (+3% em 2018). Nas bolsas norte-americanas a tendência é positiva, com o S&P500 a ganhar mais de 2% e o Nasdaq a marcar ganhos próximos dos dois dígitos.
Entre os factores que representam um risco para a continuação do bom desempenho das bolsas a nível global, está a "a subida das taxas de juro, principalmente nos EUA, e as crescentes tensões na esfera do comércio internacional".
"Por outro lado, as empresas norte-americanas e europeias reportaram, grosso modo, crescimentos de lucros e receitas, o que nos leva a crer que os fundamentais permanecem sólidos", refere o BiG, destacando que "numa abordagem fundamental, favorecemos os seguintes sectores: Industrial, Cuidados de Saúde e Consumo."
Numa perspectiva macro, o BiG refere que a "economia mundial continua a dar cartas, com os principais blocos económicos a apresentarem taxas de crescimento positivas", sendo que "uma guerra comercial não gera, per si, uma recessão na economia mundial". A este propósito refere que "as projecções indicam que se os EUA aumentarem os custos de importação em 10%, com o resto do mundo a retaliar contra os EUA em igual magnitude, o crescimento económico mundial é impactado negativamente em 0,5% até 2020 face ao cenário base".
No que diz respeito às bolsas europeias, o BiG assinala que as telecoms e as utilities continuam a apresentar múltiplos de PER com o maior desconto face à mediana, enquanto o sector tecnológico permanece como um dos sectores com melhor desempenho no ano e como o mais caro.
A síntese do posicionamento recomendado pelo BiG em vários mercados e activos.