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Acalmia antes da tempestade?
O CEO da Goldman Sachs diz que esta acalmia não é normal. O maior indicador do medo no mercado atingiu esta semana o nível intradiário mais baixo desde Dezembro de 2006.
A volatilidade praticamente desapareceu dos mercados financeiros, criando um silêncio que muitos questionam se se trata da acalmia antes da tempestade. O Índice de Volatilidade do CBOE, considerado o melhor indicador do medo no mercado, atingiu esta semana o menor nível intradiário desde Dezembro de 2006.
Em reacção a estes dados, o CEO da Goldman Sachs afirmou esta quarta-feira que a baixa volatilidade é preocupante e que não é de todo um "estado de acalmia normal" para os mercados. "Sempre que me acostumei a uma baixa volatilidade, como aconteceu no final da era de Greenspan, em que pensamos ter tudo sob o controle... algo entrou em erupção. A ideia de que temos tudo sobre controlo é arrogância", disse Lloyd Blankfein à CNBC.
A Pimco também já defendeu que a baixa volatilidade é um factor que deve suscitar cautela e alertou para a possibilidade de uma nova recessão, cenário a que atribui uma probabilidade de 70%.
Mas há quem veja o copo meio cheio e justifique esta acalmia com o facto de os investidores estarem anestesiados com a liquidez dos bancos centrais ou com o facto de o investimento ser cada vez maior em produtos de gestão passiva. A JPMorgan defendeu numa nota divulgada recentemente que esta baixa volatilidade nos mercados ocorre simplesmente porque os principais indicadores económicos estão estáveis. "Um nível muito baixo de surpresas económicas é, por si só, suficiente para explicar a baixa volatilidade do mercado", referem. E mostram mesmo que historicamente sempre que houve esta estabilidade macroeconómica registou-se baixa a volatilidade. A JPMorgan refere, no entanto que esta pode não ser a única justificação para esta complacência por parte dos investidores.
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