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António Pinto: “Uma empresa com colaboradores felizes será sempre mais sustentável”

A maior conferência dedicada à felicidade corporativa na Europa regressa ao Porto para partilhar técnicas de criação de ambientes de trabalho mais saudáveis.

29 de Agosto de 2023 às 08:29
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O Porto volta a receber, a 14 de setembro, aquela que é considerada a maior conferência dedicada à felicidade corporativa na Europa. O Happiness Camp deverá reunir cerca de seis mil participantes de diferentes nacionalidades, entre empresas, profissionais, estudantes e outros interessados na promoção da felicidade empresarial.

"Uma empresa com colaboradores felizes será sempre mais sustentável do que uma empresa onde os colaboradores estão infelizes, ou insatisfeitos com aquilo que lhes é disponibilizado, uma vez que pessoas infelizes são menos criativas, produtivas e rentáveis", assinala António Pinto, cofundador e CEO do Happiness Camp, iniciativa do Lionesa Business Hub, que alberga cerca de 120 empresas e 7 mil colaboradores de 46 nacionalidades em Matosinhos.

Considerando que "a felicidade é o fio condutor que move as pessoas", António Pinto destaca que "é crucial que as empresas compreendam que a felicidade da sua equipa é uma vantagem e que devem trabalhar para esta. Caso contrário, serão prejudicadas em diversos parâmetros, tais como a atração e retenção de talento".

Esta edição contará com a presença de oradores nacionais e internacionais. De entre os convidados, encontram-se nomes como Jessica White, Head of Social Impact, EMEA & LatAm, no LinkedIn, Walter Susini, ex-Senior Vice President Marketing Europe na The Coca-Cola Company e José Pedro Marques da Silva, Senior Brand Manager da Mimosa.

"O nosso objetivo foi e continua a ser promover a aprendizagem de competências e técnicas para a sustentabilidade humana, de forma a incentivar a felicidade corporativa e garantir que as pessoas estão dotadas das melhores práticas para criar ambientes de trabalho mais felizes e saudáveis", explica o CEO do Happiness Camp.

Questionado sobre como está Portugal em matéria de felicidade nas empresas, António Pinto considera que "Portugal ainda tem um caminho a percorrer na promoção da felicidade corporativa e combate a problemas como o "burnout" ou a depressão".

E exemplifica com facto de metade dos jovens portugueses se sentirem stressados e em esgotamento devido à intensidade do trabalho, segundo a Deloitte, e também pelo facto de Portugal ter sido identificado como o país com maior risco de "burnout" na União Europeia, segundo uma análise do Small Business Prices.

Não obstante, "algumas empresas já estão consciencializadas para este tema e têm vindo a promover ações e políticas que promovem condições para uma maior satisfação e felicidade dos seus colaboradores". Contudo, "muitas não sabem como trabalhar a temática da felicidade corporativa, ou acreditam que não dispõem dos recursos necessários para o fazer. É aí que entra o Happiness Camp, que através da disponibilização de técnicas e práticas promove a felicidade corporativa e auxilia as empresas a darem resposta a este tema e combater a realidade atual", refere.

Sobre este aspeto, destaca que as empresas deverão promover a felicidade recorrendo a uma abordagem que vá além dos benefícios tangíveis. "Atualmente, os salários competitivos e regalias não são suficientes para garantir a felicidade dos colaboradores. É necessário que as empresas se foquem na felicidade emocional, que pode ser trabalhada diariamente, através de diversos comportamentos que irão levar à criação de uma cultura organizacional positiva". Para que tal aconteça, explica, "as empresas devem garantir oportunidades para o crescimento e desenvolvimento profissional dos seus colaboradores, mostrando que se preocupam com o seu progresso e sucesso a longo prazo, incentivar ao equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal e promover a flexibilidade, quando possível".

Também realça a necessidade de fortalecer o sentimento de pertença à empresa, seja promovendo o crescimento do colaborador, seja fortalecendo os laços entre as equipas.

Por último, considera que é importante investir na saúde mental dos colaboradores, através da disponibilização de recursos, como o acompanhamento psicológico ou programas de bem-estar, que lhes permitam cuidar das suas emoções. "Em resumo, a promoção da felicidade corporativa é um investimento contínuo que requer esforço, empatia e compreensão. Ao adotar uma abordagem holística que atenda às necessidades profissionais e pessoais dos colaboradores, as empresas não só beneficiam os seus funcionários, mas também a si mesmas, melhorando a produtividade e a inovação da sua empresa", finaliza o CEO do Hapiness Camp.

 

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