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A sustentabilidade devia contribuir com 19,8 % para o valor financeiro das marcas portuguesas, mas nas 100 marcas portuguesas mais valiosas o contributo direto é de "apenas" 12,7%, conclui a consultora OnStrategy numa análise divulgada nesta quarta-feira.
A EDP é a marca que regista o maior valor financeiro associado à sustentabilidade com 406 milhões de euros, porém, a Delta é aquela em que a sustentabilidade mais contribui para o valor financeiro da marca com 16,8% e que mais próxima está do seu valor potencial de contribuição para o respetivo valor financeiro da marca, assinala a consultora.
A análise resulta de um trabalho consequente ao estudo anual de valor financeiro das marcas e em conformidade com as normas ISO10668 (avaliação financeira de marca) e ISO20671 (avaliação de estratégia e força de marca), para o qual a OnStrategy desenvolveu uma metodologia de cálculo do impacto económico da sustentabilidade no valor financeiro das marcas.
Nesse sentido, e tomando como referência o relatório das 100 marcas portuguesas mais valiosas, foi identificado qual seria o valor financeiro potencial afeto à sustentabilidade e qual é na realidade esse valor à data atual.
EDP, Galp Energia e Jerónimo Martins lideram ranking. A seguir à EDP, segue-se a Galp energia com um valor associado à sustentabilidade de 296 milhões de euros, e a Jerónimo Martins com 209 milhões de euros.
"O mundo enfrenta desafios de sustentabilidade cada vez maiores e que se tornaram uma obrigatoriedade para as organizações até por via legislativa, e nos últimos anos foram desenvolvidas políticas e requisitos que as organizações têm de cumprir no âmbito da agenda de sustentabilidade. Mas perante este tema, as organizações enfrentam quatro desafios: o que fazer, como fazer, o que comunicar e como comunicar", destaca João Baluarte, partner da OnStrategy.
Neste sentido, relativamente à parte da comunicação, João Baluarte frisa que constitui um desafio, "pois aquilo que são as obrigações e imposições não coincidem no todo com aquilo que é relevante para os diferentes stakeholders. Há muitos assuntos da agenda de sustentabilidade que têm de ser concretizados, mas não têm de ser comunicados no seu todo e de forma igual aos diferentes stakeholders. E aqui reside outro desafio para as organizações sobre os conteúdos relevantes para cada stakeholder (ambiente ecológico e de trabalho, cidadania, governo)".
Pingo Doce, Continente, CGD, Millennium bcp, EDP Renováveis, MEO e Banco BPI completam o Top 10 do ranking das marcas com mais valor ambiental, social e de governação (ESG, na sigla em inglês) em Portugal.