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Cerca de 200 empresárias de mais de 150 entidades formam a recém-criada associação Rede Mulher Líder (RML), uma organização que surge enquanto associação após oito anos como projeto-piloto dinamizado pelo IAPMEI.
"Estamos dedicadas a capacitar as nossas associadas, fazer mentoria a projetos promissores fora da rede e promover um equilíbrio entre dirigentes, sempre com base no mérito", refere a presidente da associação, Purificação Tavares, sócia-fundadora da CGC Genetics e de outras empresas internacionais.
A rede visa facilitar a criação de ligações nacionais e internacionais, bem como inspirar e impulsionar futuras gerações de líderes. Como explica uma das vice-presidentes da associação, Isolina Mesquita, "queremos que as boas práticas da associação impactem a sociedade e incentivem melhores lideranças e mais mulheres a ocupar posições de liderança."
De entre os benefícios desta associação contam-se também o "peer learning e advising", o fomento de alianças de negócios e o "networking".
Para a organização, a harmonia entre géneros na liderança serve para fomentar um ambiente de maior inovação. "Todo o tipo de diversidade, de género, de competências, de gerações, formação, cultural, etc. acrescenta à inovação e à sustentabilidade das empresas", sublinha a também vice-presidente da RML e CEO da Innuos, Amélia Santos.
Intercâmbio, expansão, competitividade e crescimento são algumas das palavras-chave que norteiam o foco da associação, uma rede predominantemente industrial, que visa criar um "espaço de confiança, reflexão, partilha de conhecimento e de valorização de negócios de executivas de topo".
A Rede Mulher Líder surgiu de um projeto-piloto do IAPMEI em parceria com gestoras de PME de elevado desempenho e conta com dezenas de dirigentes e empresas. Trata-se de líderes acionistas na gestão de topo de empresas com elevado desempenho, muitas delas PME Líder e PME Excelência, mas também grandes empresas.
Distribuídas regionalmente por todo o país, as empresas abrangem todas as classes dimensionais, sendo sobretudo empresas maduras, predominantemente industriais ou de bens transacionáveis, com elevado potencial exportador e contribuindo para as exportações nacionais, refere a associação.
Segundo a associação, a Rede Mulher Líder difere de outras redes de mulheres empresárias, uma vez que 58% são exportadoras, sendo que muitas ultrapassam os 90% de exportações. Também é uma rede orientada para empresas de bens transacionáveis em que 57% do total das empresas são empresas industriais.