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Cerca de 75% da frota municipal do Porto já é elétrica

Pacto do Porto para o Clima assinala um ano com mais de 600 subscritores e inúmeras iniciativas para conduzir a cidade à neutralidade carbónica até 2030.

20 de Setembro de 2023 às 10:15
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Cerca de 75% da frota de veículos do Município do Porto já é elétrica, anuncia a Porto Ambiente - Empresa Municipal de Ambiente do Porto, no dia em que se assinala um ano do lançamento da iniciativa Pacto do Porto para o Clima.

Com mais de 600 subscritores, a iniciativa pretende despertar a ação dos cidadãos e organizações com vista a alcançar a neutralidade carbónica da cidade até 2030. Com esse objetivo em mente, no último ano, o Município do Porto implementou vários projetos e ações em diversas áreas, nomeadamente, na energia, recursos hídricos, resíduos, reabilitação urbana e mobilidade.

No campo da energia, salienta-se a transição de toda a iluminação pública da cidade para tecnologia LED. Neste momento, o Porto conta com mais de 10 mil luminárias LED para redução do consumo de energia na via pública.

Paralelamente, prossegue o investimento na implementação de energia solar em edifícios municipais. Existem diversas escolas públicas com painéis fotovoltaicos instalados, como é o caso da Escola Básica de Agra do Amial, zona onde irá ser criada uma comunidade com partilha de energia em conjunto com os edifícios habitacionais. O número de painéis está a aumentar e a ambição é utilizar os telhados de mais de 50 bairros municipais para produzir 6 MW de energia renovável, servindo diretamente quase 30 mil pessoas.

Já o Porto Energy Hub, que visa fornecer a famílias e empresas a informação necessária para reduzir custos, através de medidas de eficiência energética e produção descentralizada de energia renovável, alavancou num ano cerca de 180 mil euros de investimento privado e viu realizadas perto de uma centena de ações de acompanhamento técnico. Nesta área em particular, o município tem previsto um plano de incentivos à instalação de painéis fotovoltaicos em edifícios particulares, que ronda os 8 milhões de euros até 2030, que será materializado através da redução do valor do IMI a pagar.

Neste ano de balanço, o município dá conta também de que, desde o início de setembro, a cidade é inteiramente limpa com recurso a água para reutilização produzida na ETAR do Freixo. A limpeza do espaço público, mais especificamente a lavagem de arruamentos e equipamentos de deposição, é feita promovendo a reutilização de recursos hídricos.

Em curso está também a descarbonização da frota de equipamentos e viaturas para a limpeza urbana e recolha de resíduos na cidade, através do investimento de cerca de 10 milhões de euros.

No campo da circularidade, o projeto de recolha de resíduos orgânicos, que assenta na valorização em composto devolvido aos solos para enriquecimento dos mesmos, conta já com a participação de mais de 34 mil famílias, resultando na recolha de mais de 2500 toneladas destes resíduos, com o horizonte de cobertura total da cidade até ao final deste ano.

Na área da mobilidade, o município refere que o Terminal Intermodal de Campanhã permitiu aumentar a conectividade da cidade, ultrapassando o marco dos cinco milhões de passageiros no primeiro ano de atividade. Foram também criados a Rede 20 que promove a partilha de espaço público e limita a velocidade máxima a 20 quilómetros por hora e os novos terminais na Asprela e Batalha, com vista a reduzir o número de autocarros que entram no centro da cidade.

No âmbito da descarbonização da mobilidade, continua a renovação da frota da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) que passará a integrar mais 48 autocarros 100% livres de emissões, que chegarão à cidade nos próximos meses.

 

 

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