A Câmara Municipal do Porto (CMP) está a desenvolver um projeto-piloto para potenciar a biodiversidade na cidade, através da melhoria da vida nas caldeiras das árvores.

Lançado em 719 caldeiras de árvores, num total de 3.300 m2, o projeto municipal foi implementado num conjunto diferenciado de arruamentos e promove o uso de espécies, na sua maioria autóctones, na caldeira da árvore.

Segundo a CMP, a iniciativa "Caldeiras Vivas" assume especial relevo no controlo natural de espécies invasoras, assim como de pragas, além de atrair insetos polinizadores e promover um maior equilíbrio do agroecossistema.

Outra das mais-valias da iniciativa consiste na promoção de um melhor desenvolvimento do sistema radicular da espécie arbórea, o seu equilíbrio, com destaque para o enquadramento paisagístico e uma maior conservação da humidade.

Após esta fase piloto, e confirmando-se os resultados positivos esperados, o projeto poderá ser expandido, o que irá alterar a estética das caldeiras e beneficiar a biodiversidade presente na cidade do Porto, sublinha a CMP.

A medida enquadra-se no objetivo do município de se tornar neutro em carbono até 2030, contribuindo também para o aumento da taxa de sequestro de carbono na cidade.

Recorde-se que, desde 2021, tem sido posto em prática no Parque Oriental um projeto de implementação de práticas de manutenção diferenciada de revestimento herbáceo, promotoras da biodiversidade, com especial enfoque na criação de condições para a atração e sustentabilidade de comunidades de insetos polinizadores.