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O que sabemos sobre o que pagamos pela reciclagem? Estudo de perceção a caminho

Sociedade Ponto Verde e Deco Proteste vão realizar estudo descrito como "pioneiro" para avaliar conhecimento dos cidadãos sobre os custos pagos relacionados com a reciclagem de embalagens, o tratamento de resíduos em geral e a avaliação do nível de serviço que recebem por comparação com o que desembolsam.

26 de Setembro de 2023 às 17:01
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A Sociedade Ponto Verde (SPV) e a Deco Proteste celebraram um protocolo de cooperação para a realização de um estudo de perceção dos cidadãos sobre os custos pagos relacionados com a reciclagem de embalagens, o tratamento de resíduos em geral e a avaliação do nível de serviço que recebem por comparação com o que desembolsam.

O acordo, firmado esta segunda-feira, no primeiro Dia Nacional da Sustentabildiade, abre caminho para um estudo que se insere "na ambição da SPV e da Deco Proteste em ajudar a tornar a gestão de resíduos urbanos em Portugal mais transparente, considerando que o país tem ambiciosas metas para cumprir nos próximos anos, ou seja, devem ser reciclados 55% dos resíduos urbanos até 2025, percentagem que deve aumentar para 60% até 2030 e para 65% até 2035".

Em comunicado, enviado às redações, as duas entidades apontam que "para isso acontecer, é necessário continuar a alterar comportamentos e a fazer evoluir o sistema, tornando-o não só mais transparente como mais justo e também mais conveniente, de forma a incentivar os cidadãos a terem um papel mais ativo na reciclagem, tornando possível a recolha de mais recicláveis".

"Sabem que custos são estes?", "A que se destinam?" ou "Como veem o valor pago versus o nível de serviço que recebem?" - estas são três das perguntas destinadas a avaliar o conhecimento dos cidadãos.

Como recorda a SPV, a atual legislação já prevê que os resíduos urbanos sejam taxados à parte, em vez de indexados à fatura da água, como acontece hoje em dia, uma posição que a organização acompanha, defendendo a adoção de sistemas como o "pay as you throw" (PAYT).

"O objetivo final é simplificar e facilitar a compreensão por parte dos cidadãos quanto aos custos que estão associados a esta prática, beneficiando quem participa no processo de reciclagem de resíduos urbanos, como as embalagens, mas alargado a outros fluxos específicos, e penalizando quem não o faz", sublinham.

"A Sociedade Ponto Verde, em conjunto com a Deco Proteste vai realizar este estudo, que é pioneiro no nosso país, acreditando que nos dará informação muito valiosa e sustentada quanto ao conhecimento dos cidadãos e à forma como se relacionam com o atual sistema de resíduos urbanos, nomeadamente no que diz respeito à reciclagem de embalagens. Defendemos que o sistema tem de ser mais justo e transparente, para que os cidadãos possam reciclar mais e melhor e, coletivamente, consigamos cumprir com as metas nacionais da reciclagem", diz a CEO da Sociedade Ponto Verde, Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde, citada na mesma nota.
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