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A Iniciativa Conjunta para a Economia Circular (JICE na sigla em inglês), que reúne os maiores bancos e instituições públicas de fomento da União Europeia (UE), financiou, até ao final de 2022, projetos no valor de 8,9 mil milhões de euros numa variada gama de setores, incluindo a agricultura, indústria, serviços, mobilidade, desenvolvimento urbano e gestão de resíduos e da água. Os projetos abrangem todas as fases da cadeia de valor e o ciclo de vida dos produtos e serviços, desde a conceção até à recuperação de valor.
Os parceiros da iniciativa, que inclui o Bank Gospodarstwa Krajowego (Polónia), Caisse des Dépôts Groupe (França), Bpifrance, Cassa Depositi e Prestiti (Itália), Instituto de Crédito Oficial (Espanha), Kreditanstalt für Wiederaufbau (Alemanha) e o Banco Europeu de Investimento (BEI), decidiram prolongar a sua iniciativa conjunta para a economia circular para além do prazo inicial de 2023 e também abrir a mesma a outros bancos e instituições de fomento públicos europeus interessados.
"A transição para uma economia circular é essencial para que a Europa atinja os seus objetivos em matéria de clima e resolva o problema da dependência energética e de recursos. Estou orgulhoso do sucesso da Iniciativa Conjunta para a Economia Circular e da forma como apoia novos modelos de negócio para soluções circulares", referiu o presidente do BEI, Werner Hoyer.
A JICE, lançada em 2019, visa fornecer financiamento de longo prazo para projetos que aceleram a transição para uma economia circular. Os parceiros participantes da JICE estabeleceram um objetivo de financiamento de, pelo menos, 10 mil milhões de euros para projetos de economia circular até ao final de 2023, ou seja, durante um período de cinco anos.
Para estes projetos de economia circular, as instituições participantes concedem empréstimos, investimentos de capital, garantias e assistência técnica. Desenvolvem também estruturas de financiamento inovadoras para infraestruturas públicas e privadas, municípios, empresas privadas de diferentes dimensões e projetos de investigação e inovação.
Algumas empresas e projetos apoiados recentemente incluem um grupo de higiene e saúde que produz papel higiénico a partir de palha, Essity, localizado em Mannheim, Alemanha, que tem como objetivo reduzir as suas emissões de CO2 em, pelo menos, 35% até 2030. O projeto dispensa a madeira para garantir uma melhor eficiência em termos de recursos e energia, bem como distâncias de transporte mais curtas. O processo não só conserva os recursos, como também é mais eficiente em termos energéticos, poupando cerca de 10.000 toneladas de CO2 por ano.
A Saviola Holding, uma empresa italiana, participa na economia circular através do fabrico de placas de aglomerado e mobiliário a partir de madeira reciclada. Caixas, paletes, móveis fora de uso e aparas de jardim entram nas instalações da Saviola para serem limpos, triturados e prensados em novos painéis de madeira 100% reciclada. Todos os anos, os seus produtos poupam quase 3 milhões de árvores.
O Elemental, um grupo originário da Polónia, recupera metais estratégicos e raros para a indústria de forma sustentável. São líderes no tratamento de resíduos de equipamentos elétricos e electrónicos, conversores autocatalíticos, placas de circuitos impressos e metais não ferrosos. O Grupo tem empresas em 15 países, operando simultaneamente em cerca de 40 mercados. A Elemental Holding pertence a um grupo de elite de entidades europeias notificadas pela Comissão Europeia no âmbito da política industrial europeia para criar uma cadeia de valor de mobilidade sustentável na UE.
"Esta década é uma década de decisões. Temos de definir o rumo para uma transformação sustentável. Isto exige uma mudança de mentalidade e também uma forma diferente de fazer negócios. A este respeito, a utilização cuidadosa dos recursos naturais é crucial. Por isso, o KfW tem contribuído para esta iniciativa conjunta desde 2019, juntamente com os maiores bancos de fomento europeus. É de suma importância acelerar ainda mais a transição para uma economia circular. Estou muito satisfeito com a continuação desta iniciativa", afirmou Stefan Wintels, CEO do KfW.