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EGF investe 74,4 milhões na gestão de biorresíduos

Plano de investimento de 202 milhões de euros da gestora de resíduos para o período 2022-2024 acaba de receber empréstimo de 100 milhões do BEI.

24 de Março de 2023 às 08:45
Getty Images
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Tendo em conta a obrigatoriedade de recolha de resíduos orgânicos a partir de 31 de dezembro de 2023, a EGF está a investir 74,4 milhões de euros na ampliação e renovação de unidades de tratamento mecânico e biológico para receção de biorresiduos.

Trata-se da maior fatia de investimento de um total de 202 milhões que a empresa de recolha, tratamento e valorização de resíduos tem previsto para o período 2022-2024 e será distribuído por quatro das suas concessionárias, nomeadamente a Amarsul, Ersuc, Resinorte e Valorlis.

A segunda maior fatia de investimento do bolo total, 36 milhões, vai para o reforça da capacidade de recolha seletiva de todas as 11 concecionárias que a EGF tem no país e que cobrem 174 municípios, ou seja, cerca de 60% do território em Portugal Continental.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) anunciou ontem um empréstimo de 100 milhões para apoiar os projetos de gestão de resíduos da EGF.

O financiamento concedido permitirá aumentar e melhorar a recolha seletiva de resíduos urbanos e modernizar os centros de triagem e de valorização orgânica. O acordo está alinhado com o objetivo do BEI de apoiar a ação climática e a sustentabilidade ambiental, além de contribuir para assegurar a conformidade com a regulamentação nacional e da União Europeia em matéria de gestão de resíduos, promovendo uma economia mais circular. Ajudará também a cumprir as metas do recém-anunciado Plano Estratégico Nacional para os Resíduos Urbanos (PERSU 2030). Além disso, uma parte significativa do financiamento autorizado terá benefício em regiões de coesão.

"O financiamento contratado representa o reconhecimento da mais-valia do plano de investimentos e da capacidade de execução das concessionárias da EGF, de forma a darmos o nosso contributo para cumprir os compromissos e metas ambientais estabelecidas para o país", refere Emídio Pinheiro, presidente do Conselho de Administração da EGF.

Este é o terceiro empréstimo concedido pelo BEI à EGF. Entre 2019 e 2021, o BEI disponibilizou 75 milhões, facilitando a construção de novas unidades de valorização de resíduos em todo o país.

 

Para Ricardo Mourinho Félix, vice-presidente do BEI, "a garantia de elevados níveis de qualidade e sustentabilidade na gestão de resíduos urbanos é crucial, não só para salvaguardar a saúde pública e proteger o ambiente, mas também para promover a eficiência na utilização dos recursos e a economia circular".

O apoio do BEI à gestão sustentável de resíduos em Portugal tem contribuído para reforçar a modernização do setor no país. Segundo as estimativas do BEI, o valor global afetado ao setor em Portugal, desde 1987, está perto de 700 milhões de euros.

A gestão dos sistemas de tratamento e valorização de resíduos da EGF é feita através de 11 empresas concessionárias (Algar, Amarsul, Ersuc, Resiestrela, Resinorte, Resulima, Suldouro, Valorlis, Valorminho, Valnor, Valorsul), constituídas em parceria com os municípios servidos, que processam anualmente cerca de 3,3 milhões de toneladas de resíduos urbanos, servindo uma população de 6,2 milhões de pessoas.

 

 

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