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CE proíbe bisfenol A em materiais que entrem em contacto com alimentos

Empresas terão 18 meses para eliminarem progressivamente este componente dos seus produtos, mas serão consideradas exceções caso não existam alternativas.

20 de Dezembro de 2024 às 09:45
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A Comissão Europeia (CE) adotou a proibição da utilização do bisfenol A (BPA) nos materiais que entram em contacto com os alimentos, devido ao seu impacto potencialmente nocivo para a saúde. O BPA é uma substância química utilizada no fabrico de determinados plásticos e resinas.

 

A proibição significa que o BPA não será permitido em produtos que entrem em contacto com alimentos ou bebidas, como o revestimento de latas de metal, garrafas de plástico reutilizáveis, refrigeradores para distribuição de água e outros utensílios de cozinha.

 

A proibição surge na sequência de um voto positivo dos Estados-Membros da UE no início deste ano e de um período de análise pelo Conselho e pelo Parlamento Europeu, e tem em conta a mais recente avaliação científica da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA). Nomeadamente, a AESA concluiu que o BPA tem efeitos potencialmente nocivos para o sistema imunitário e a proibição proposta seguiu-se a uma consulta pública e a discussões com todos os Estados-Membros.

 

O BPA já é proibido na UE para biberões e produtos similares. Para a maioria dos produtos, haverá um período de eliminação progressiva de 18 meses e exceções muito limitadas quando não existirem alternativas, a fim de dar tempo à indústria para se adaptar e evitar perturbações na cadeia alimentar. A proibição inclui também outros bisfenóis que são prejudiciais para os sistemas reprodutivo e endócrino.

 

 

"A manutenção de elevados padrões de segurança alimentar na União Europeia e a proteção dos cidadãos é uma das principais prioridades da Comissão. A proibição, que se baseia em pareceres científicos sólidos, protegerá os nossos consumidores contra os produtos químicos nocivos que podem entrar em contacto com os seus alimentos e bebidas", afirma Oliver Várhelyi, comissário responsável pela Saúde e o Bem-Estar dos Animais, em comunicado.

 

A proibição do BPA terá impactos na indústria, especialmente nos setores de embalagens alimentares, plásticos e utensílios de cozinha, uma vez que é amplamente utilizado em revestimentos internos de latas metálicas, garrafas plásticas reutilizáveis, recipientes para armazenamento de alimentos, sistemas de distribuição de água, tampas de frascos, embalagens térmicas e até em alguns utensílios de cozinha, como colheres e espátulas.

Com esta proibição, as empresas terão de adaptar processos produtivos e reformular produtos, para ficarem em conformidade com a legislação europeia.

 

 

 

 

 

 

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