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22 de Maio de 2017 às 20:09

Volkswagens, Renaults e o excedente alemão 

A economia alemã é frequentemente comparada a uma locomotiva. Mas nos últimos anos surgiram críticas de que essa locomotiva tem travado o andamento do comboio europeu, ao acumular excedentes comerciais cada vez maiores sem impulsionar a procura interna.

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As pressões para a Alemanha diminuir os elevados excedentes comerciais vêm de quase todos os lados. Seja Trump, o FMI ou mesmo Macron. Um dos pontos expressos por Emmanuel Macron durante a campanha presidencial em França foi precisamente o desequilíbrio na balança comercial com a Alemanha. Mas Merkel respondeu a essas críticas. Defendeu esta segunda-feira, citada pela Bloomberg, que há vários factores a contribuir para esse excedente elevado, começando no BCE e acabando nas preferências automobilísticas dos alemães. "O euro está demasiado fraco, isso por causa da política do BCE, e assim os produtos alemães são baratos em termos relativos, portanto, vendem-se mais", referiu a chanceler. E constata que "não pode forçar os alemães a comprar um Renault em vez de um Volkswagen". Ainda assim, prometeu investir mais para aumentar a procura interna, uma forma de dar mais algum combustível à locomotiva europeia.   

 

Jornalista

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