Opinião
"Sell in May and come back in June"?
Junho, afinal de contas, não foi um mês mau para os mercados. A Reuters indicava mesmo, na sexta-feira, que o primeiro semestre do ano tinha sido um dos melhores de sempre.
Nem a conjuntura económica ou as guerras comerciais foram suficientes para frustrar o semestre. Segundo a Reuters, o valor das cotadas mundiais aumentou 8 biliões de dólares nos primeiros seis meses, com o índice MSCI Word a subir 15%, em linha com o desempenho do primeiro semestre de 1997, e que se revela assim o mais forte em 40 anos. Em Wall Street a subida foi de 18% e na China a valorização chegou perto dos 20%. O Stoxx600, na Europa, acumula este ano um ganho de 13,99%, representando o melhor primeiro semestre desde 1998, de acordo com a Bloomberg, que recorda que a última vez que este índice tinha conseguido essa subida semestral ainda a Google não tinham oficialmente lançado o seu motor de pesquisa.
A intervenção que até agora foi apenas declarativa dos bancos centrais terão estado na base da recuperação dos mercados em junho, depois de um maio de vendas acionistas. Falta, agora, perceber se os investidores não vão precisar mais do que isso nos próximos seis meses. O adágio dos mercados de "sell in may and go away" (vender em maio e ir embora) até se confirmou, mas ao que parecem voltaram.
A intervenção que até agora foi apenas declarativa dos bancos centrais terão estado na base da recuperação dos mercados em junho, depois de um maio de vendas acionistas. Falta, agora, perceber se os investidores não vão precisar mais do que isso nos próximos seis meses. O adágio dos mercados de "sell in may and go away" (vender em maio e ir embora) até se confirmou, mas ao que parecem voltaram.
Mais artigos de Opinião
Velhos são os trapos
08.07.2021
Como uma força
28.06.2021
A sua casinha
16.06.2021
Uber responde à pressão de curto prazo
31.07.2019
Cuidado com os despedimentos
30.07.2019
Vem aí um mega fundo de tecnologia
29.07.2019