Opinião
Quais são, afinal, os mercados fronteira?
A Argentina e a Arábia Saudita foram promovidas a mercados emergentes pela MSCI. E foi deixada em aberto a possibilidade de que o mesmo aconteça ao Kuwait em 2019.
Uma boa notícia para estes países, mas que está a trazer algumas dúvidas aos investidores, conta a Bloomberg. É que, com estas mudanças, o índice de mercados fronteira ficou com mercados com menor liquidez e alguns estrategos, como Mohamad Al Hajj, da EFG-Hermes Holding, já vieram defender a necessidade de criar um novo índice para investir nos países menos desenvolvidos. As gestoras temem até que os países que continuam no índice de mercados fronteira acabem por cair no esquecimento dos investidores, já que são cada vez menos. "Alguns investidores estão a considerar índices alternativos que misturem os mercados fronteira e emergentes", frisou Mohamad Al Hajj. E o estratego de investimento em mercados accionistas da EFG-Hermes Holding diz mesmo que "esta mudança vai continuar até que um novo índice, possivelmente combinando os mercados fronteira e mercados emergentes mais pequenos, se torne a norma do investimento nos mercados fronteira". Novos índices para que haja investimento para todos.
Jornalista