Opinião
Há mais "shorts" na Dinamarca e o regulador agradece
As apostas contrárias são um dos clássicos para tentar bater o mercado. O alvo típico destes investidores, que apostam na queda das acções, tende a ser empresas mais fragilizadas ou que subiram demasiado e, por isso, estão mais predispostas a uma correcção.
E, desta vez, a atenção dos "hedge funds" está nas acções dinamarquesas. Os especuladores estão a apostar numa queda das acções, com as apostas negativas na bolsa da Dinamarca a mais do que triplicarem nos últimos cinco anos, segundo cálculos da Autoridade de Supervisão Financeira em Copenhaga, citados pela Bloomberg. E, ao contrário do que aconteceu na crise financeira, quando o regulador baniu os "shorts" sobre o sector financeiro, agora estes movimentos são bem recebidos pelo órgão de regulação dinamarquês. "Estamos de forma geral optimistas para o 'short selling'", refere Anders Balling, responsável pela divisão de mercados de capitais da FSA, o regulador da Dinamarca, em declarações por telefone à Bloomberg. De acordo com o mesmo responsável, "as posições a descoberto são boas para o bom funcionamento do mercado accionista" e ajudam a aumentar a liquidez. Até porque cabe à cotada demonstrar que tem valor.
Jornalista