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Trump desmente tarifas apenas para setores críticos
O republicano afirmou que pretende continuar com a sua política agressiva de taxas alfandegárias e apelidou o artigo do Washington Post como "notícias falsas".
Afinal, Donald Trump não vai ser mais comedido nas tarifas que pretende impor sobre os produtos importados para os EUA. Esta manhã, o The Washington Post avançou que os conselheiros do Presidente-eleito dos Estados Unidos estariam a avaliar a hipótese de aplicar taxas alfandegárias a todos os países, mas apenas para importações críticas.
Numa publicação da sua rede social Truth Social, o republicano esclareceu que o artigo do Washington Post "afirma incorretamente que a minha política tarifária será reduzida", apelidando-a como mais um "exemplo de notícias falsas". O presidente-eleito pôs ainda em causa a existência das fontes que o jornal norte-americano diz ter contactado.
Trump reafirma, assim, a sua vontade de impor tarifas "universais" que podem chegar a 10% ou 20% de tudo o que é importado para os Estados Unidos. Vários economistas têm alertado para os impactos negativos que as mesmas podem ter sobre o comércio internacional – e a contestação vem também de dentro, com vários republicanos do Congresso a criticarem o Presidente-eleito.
O jornal norte-americano indicava ainda que as discussões preliminares estavam a focar-se em setores como a defesa, a saúde e a produção de energia. Entre os produtos que podiam ser visados, estavam o aço, ferro, alumínio, cobre, seringas, agulhas, materiais farmacêuticos e ainda baterias, minerais raros e até painéis solares.
No entanto, este cenário parece agora cair por terra. As notícias chegaram a dar ímpeto as bolsas europeias e norte-americanas – que continuam a negociar em alta – e a penalizar a "nota verde". O índice do dólar - que mede a força da moeda face às suas principais concorrentes – chegou a cair mais de 1%, a maior descida desde novembro, mas entretanto reduziu as perdas para apenas 0,53%.
(notícia atualizada às 14h43)