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28 de Outubro de 2018 às 19:51

Bancos espanhóis apertam cerco aos tribunais

O grande receio dos banqueiros é que sejam obrigados a pagar este imposto e a fazê-lo retroactivamente. Esperam-se dias difíceis.

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Em Espanha, não se fala de outra coisa. Há pouco mais de uma semana, o Supremo Tribunal espanhol apanhou os bancos de surpresa e decretou que devem ser estes a pagar o imposto do selo sobre o crédito à habitação, e não os clientes como acontecia até agora. A primeira reacção foi sentida em bolsa com os bancos a registarem fortes perdas. Depois sucederam-se as más notícias: a Moody's estima um impacto de quatro mil milhões de euros, mas a DBRS vai mais longe e diz que este pode chegar aos 17 mil milhões de euros, no pior cenário.

O alarido foi de tal forma intenso que o Supremo Tribunal acabou por vir dizer que vai reavaliar esta decisão e que voltará a pronunciar-se a 5 de Novembro. Mas, entretanto, sucedem-se as notícias. E as últimas dão conta de que os bancos começam a juntar argumentos para não pagar este imposto. Segundo o Cinco Días, as instituições deverão argumentar que, em nenhum país do mundo, são os bancos a pagar este encargo. E, por outro lado, vão também lembrar que, em Novembro do ano passado, o mesmo tribunal anunciou uma decisão precisamente contrária à actual. O grande receio dos banqueiros é que sejam obrigados a pagar este imposto e a fazê-lo retroactivamente. Esperam-se dias difíceis.

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