Opinião
Afinal, vamos ou não ter uma nova Euribor?
Depois de vários meses de discussão, no início de Maio, o Instituto Europeu dos Mercados Monetários (EMMI, na sigla inglesa), do qual fazem parte as associações bancárias dos países europeus, chumbou a criação da nova Euribor.
Em comunicado, os bancos explicaram que "nas actuais condições de mercado não será viável alterar a actual metodologia de cálculo da Euribor para um sistema totalmente baseado em transacções, sem que haja sobressaltos". Um fracasso neste processo que chegou a ter data para o lançamento da Euribor Plus: o ano de 2017. Quatro meses depois, o tema voltou a ser discutido. O Banco Central Europeu (BCE) anunciou, esta quinta-feira, que irá criar uma nova taxa de juro de referência que irá complementar a Euribor e a Eonia, até 2020. O banco central decidiu assumir as rédeas deste processo de reforma da Euribor que ainda é o principal indexante utilizado nos créditos à habitação em Portugal. Depois das dificuldades encontradas pelos bancos, a entidade liderada por Mario Draghi acredita que terá condições para criar esta taxa interbancária. E está disponível para receber sugestões dos bancos, os mesmos que consideraram que "não é viável" um novo indexante baseado apenas em transacções reais.
Jornalista