Notícia
Correcção: Taxa do BCE já tem nome. Vai chamar-se Ester
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou, na passada sexta-feira, o nome da taxa interbancária que está a desenvolver. A Ester deve estar em aplicação antes de 2020. Ao mesmo tempo, o instituto responsável pela Euribor deu início à fase de testes da nova taxa que deve estar concluída no terceiro trimestre.
Há vários anos que se tenta reformar a Euribor. Depois do processo que foi "chumbado" pelos bancos no ano passado, nos últimos meses as autoridades europeias voltaram a concentrar-se nesta missão de desenvolver uma taxa interbancária que seja menos propensa a manipulações. A taxa que está a ser desenvolvida pelo Banco Central Europeu (BCE) já foi baptizada. Vai chamar-se Ester.
O Conselho de Governadores do BCE revelou, na sexta-feira passada, que a nova taxa de juro interbancária, que deverá estar disponível no próximo ano, será chamada de Ester ("euro short-term rate"), de acordo com a agência Reuters. Esta nova taxa vai ser desenvolvida e calculada internamente pelo banco central. Será baseada nas transacções realizadas na Zona Euro e que serão reportadas pelos bancos.
Ao mesmo tempo, o Instituto Europeu dos Mercados Monetários (EMMI, na sigla inglesa) continua a desenvolver uma solução híbrida para substituir a Euribor, com base nas transacções que ocorram no mercado interbancário da Zona Euro e também com base nas estimativas facultadas pelos bancos. Uma solução que surge depois de ter sido constatado que uma taxa com base em transacções reais não seria "viável".
O EMMI anunciou, a 2 de Maio, que teve início a fase de testes da metodologia híbrida da Euribor. Estes testes serão desenvolvidos ao longo de três meses, terminando a 31 de Julho. Ao longo deste período, serão conduzidas análises mediante vários cenários e serão avaliados todos os parâmetros metodológicos.
Depois destes testes, no terceiro trimestre, será conduzida uma nova consulta pública. Prevê-se que esta taxa seja lançada no quarto trimestre de 2019. E antes disso será definido um período de transição.
Os casos de manipulação que foram conhecidos durante a crise financeira deram início aos trabalhos de reforma da Euribor, taxa que serve de referência à grande maioria dos contratos de crédito à habitação celebrados em Portugal. Mas, em Maio do ano passado, os trabalhos sofreram um revés.
O EMMI, que gere e divulga a Euribor, concluiu que naquele momento de mercado não seria "viável alterar a actual metodologia de cálculo da Euribor para um sistema totalmente baseado em transacções, sem que haja sobressaltos". Ficou, assim, cancelada a transição para a Euribor-Plus.
Esta taxa era, na altura, baseada apenas em transacções reais, mas a nova taxa agora em fase de testes resulta de uma metodologia híbrida que também considera as taxas a que os bancos estão dispostos a emprestar entre si. Esta metodologia será composta por um esquema em três níveis que têm em conta as exigências regulatórias.
O principal objectivo destas novas taxas é que seja dada mais informação, e mais transparente, sobre o real funcionamento do mercado. Isto depois de a confiança do mercado ter sido abalada pelos vários casos de manipulação que foram tornados públicos.
As distorções destas taxas podem ter impacto nos preços dos activos e, deste modo, travar a transmissão da política monetária do BCE para a economia real. "Esta taxa [Ester], que será produzida antes de 2020, vai complementar as taxas actuais e servir como um reforço destas taxas", disse o BCE, na sexta-feira, citado pela Reuters.
(Corrige a notícia para esclarecer que a Ester é uma taxa interbancária que está a ser desenvolvida pelo BCE e que não é a mesma taxa que o EMMI está a testar para substituir a Euribor.)
O Conselho de Governadores do BCE revelou, na sexta-feira passada, que a nova taxa de juro interbancária, que deverá estar disponível no próximo ano, será chamada de Ester ("euro short-term rate"), de acordo com a agência Reuters. Esta nova taxa vai ser desenvolvida e calculada internamente pelo banco central. Será baseada nas transacções realizadas na Zona Euro e que serão reportadas pelos bancos.
Ao mesmo tempo, o Instituto Europeu dos Mercados Monetários (EMMI, na sigla inglesa) continua a desenvolver uma solução híbrida para substituir a Euribor, com base nas transacções que ocorram no mercado interbancário da Zona Euro e também com base nas estimativas facultadas pelos bancos. Uma solução que surge depois de ter sido constatado que uma taxa com base em transacções reais não seria "viável".
Depois destes testes, no terceiro trimestre, será conduzida uma nova consulta pública. Prevê-se que esta taxa seja lançada no quarto trimestre de 2019. E antes disso será definido um período de transição.
Os casos de manipulação que foram conhecidos durante a crise financeira deram início aos trabalhos de reforma da Euribor, taxa que serve de referência à grande maioria dos contratos de crédito à habitação celebrados em Portugal. Mas, em Maio do ano passado, os trabalhos sofreram um revés.
O EMMI, que gere e divulga a Euribor, concluiu que naquele momento de mercado não seria "viável alterar a actual metodologia de cálculo da Euribor para um sistema totalmente baseado em transacções, sem que haja sobressaltos". Ficou, assim, cancelada a transição para a Euribor-Plus.
Esta taxa era, na altura, baseada apenas em transacções reais, mas a nova taxa agora em fase de testes resulta de uma metodologia híbrida que também considera as taxas a que os bancos estão dispostos a emprestar entre si. Esta metodologia será composta por um esquema em três níveis que têm em conta as exigências regulatórias.
O principal objectivo destas novas taxas é que seja dada mais informação, e mais transparente, sobre o real funcionamento do mercado. Isto depois de a confiança do mercado ter sido abalada pelos vários casos de manipulação que foram tornados públicos.
As distorções destas taxas podem ter impacto nos preços dos activos e, deste modo, travar a transmissão da política monetária do BCE para a economia real. "Esta taxa [Ester], que será produzida antes de 2020, vai complementar as taxas actuais e servir como um reforço destas taxas", disse o BCE, na sexta-feira, citado pela Reuters.
(Corrige a notícia para esclarecer que a Ester é uma taxa interbancária que está a ser desenvolvida pelo BCE e que não é a mesma taxa que o EMMI está a testar para substituir a Euribor.)