Trump mostrou que pensa que o aquecimento global é um embuste. Aos mineiros disse: "Vão voltar ao trabalho." No Washington Post, John Podesta escreve simplesmente: "Trump está em alvoroço para tornar a colocar o planeta em risco. É altura de o salvar." Este é um passo perigoso e mais uma vez retira os EUA da liderança das grandes decisões mundiais. Thomas L. Friedman, no New York Times insinua: "A grande história que se comenta é se o Presidente Trump é um pombo russo. Errado. É tudo uma cortina de fumo. Trump é, na realidade, um agente chinês. Está a fazer os possíveis para tornar a China outra vez grande. Olhe-se para os factos. Trump prometeu reparar o nosso défice com a China e qual foi a primeira coisa que fez? Rasgou um acordo de comércio livre desenhado pelos EUA com outras 11 nações do Pacífico - um pacto que integra membros que representam 40% do PIB global. (…) E excluía a China. Era o nosso bebé, forjando o futuro do comércio na Ásia."

Na Newsweek, Robert Reich escreve por seu lado: "Donald Trump não precisa de mais conselhos empresariais. Precisa de mais conselhos sobre a forma de liderar uma democracia." O texto é duro: "A Casa Branca anunciou que Trump vai nomear o seu genro, Jared Kushner, para dirigir o novo Departamento da Inovação - descrito como uma equipa SWAT de consultores estratégicos, desenhado para trazer pensamento fresco a Washington e ajudar o governo a funcionar mais como uma empresa. (…) É importante lembrar que um governo não é uma empresa. O propósito de um governo não é ter lucro. É conseguir o bem comum." E é isso mesmo que ainda se está à espera de ver se é o que Trump deseja.