No New York Times, Paul Krugman escreve: "Os negócios parecem ter decidido que Trump é um tigre de papel no comércio: o fluxo de recolocações empresariais no México, que abrandou ligeiramente enquanto os CEO tentavam ficar nas graças do novo Presidente, regressaram. A política comercial dirigida por 'tweet' perdeu o rumo. Os investidores chegaram à mesma conclusão. O peso mexicano caiu 16% depois das eleições, mas desde o dia da tomada de posse recuperou quase todo o terreno perdido. (…) Considerem o caso dos automóveis. Neste momento não faz sentido falar da indústria automóvel dos EUA, do Canadá ou do México. O que temos é uma integrada indústria automóvel americana, em que os veículos e os componentes circulam no continente, com quase todos os carros a integrar componentes das três nações".

No Washington Post, Robert J. Samuelson opina: "A questão actual é: está o sonho americano a matar-nos? A cultura americana enfatiza a luta para conseguirmos o sucesso económico. Na prática, realizar o sonho americano é o princípio do sucesso, apesar de ser vago. Inclui a posse de uma casa, segurança financeira e de trabalho, mesmo modesta, e um bom futuro para as nossas crianças. (…) Tornámo-nos reféns de esperanças irrealizáveis. Mais americanos estão nesta posição precária." No Weekly Standar, Chris Deaton pergunta-se sobre o que mudou na política em Washington. E conclui: "Ninguém duvida de que a presidência de Trump é um acontecimento sísmico. E sabe-se os efeitos cataclísmicos dos tremores de terra. Fazem cair prédios altos, gerar tsunamis mortais e destruir pontes e auto-estradas. Os pântanos, por outro lado, são pouco afectados." E o pântano, aqui, é Washington.