Opinião
O atentado de Berlim e os fantasmas de Angela Merkel
O atentado de Berlim, numa das zonas mais cosmopolitas daquilo que foi uma cidade dividida depois do horror da II Guerra Mundial, está repleto de simbolismo.
Mas representa também um severo golpe para as ambições políticas de Angela Merkel. O "Der Spiegel" já escreve que foi: "o pesadelo da Alemanha, o pesadelo de Merkel". A extrema-direita já a apontou como culpada, tendo como pano de fundo a chegada de refugiados e emigrantes. Angela Merkel pediu, no entanto: "Não queremos viver paralisados pelo medo do mal". O atentado (ligado ao assassinato do embaixador russo em Ancara) levanta questões. Owen Jones, no "Guardian" é peremptório: "Os terroristas estão a ganhar. Porque fingir outra coisa?". E acrescenta: "Os fanáticos terroristas islâmicos e os ascendentes populistas de direita do Ocidente estão a trabalhar em conjunto. Alimentam-se uns aos outros. São interdependentes. (…) Mas, a menos que a razão e o bom senso batam o ódio, 2016 marcará o início de uma nova e negra era".
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