Opinião
Manolo, o bombo desaparecido e o banco Popular
O mais conhecido adepto da selecção espanhola de futebol, Manolo, está desfeito. O seu célebre bombo, que o tem acompanhado pelo mundo a marcar o ritmo das jogadas dos espanhóis, foi roubado. É mais uma crise emocional do que financeira.
Ao contrário do que se passou no Popular, o banco alvo de acção do BCE e adquirido pelo Santander por um euro. No "El País", Miguel Ángel Noceda recorda que há 40 anos, nas vésperas das primeiras eleições democráticas em Espanha, Luis Valls-Taberner, conhecido como o "banqueiro do Opus Dei", que controlava o Popular, dava ordem para que o banco emprestasse dinheiro ao Partido Comunista Espanhol para este financiar a campanha. No "El Mundo", Vicente Lozano escreve: "O banco Popular da sua penúltima temporada - a última foi a desastrosa que conduziu a este final - foi um banco de autor. Ou melhor, de autores. (…) Valls foi um grande presidente de banco. Com o seu metro e oitenta tinha uma figura imponente, era elegante, inteligente e culto. Como Termes, ambos eram membros do Opus Dei, o que contribuiu para criar em torno do Popular uma aura misteriosa. (…) Hoje, dos sete grandes bancos que almoçavam regularmente na sede do Banco de Espanha, só restam dois: Santander e BBVA".
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