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Fernando Sobral - Jornalista fsobral@negocios.pt 10 de Novembro de 2017 às 09:33

Entre o medo de Trump e as tentações brasileiras

Donald Trump viaja pela China à espera do que sucederá quando voltar a uma Washington cheia de teorias da conspiração.


Entretanto, Naomi Klein dá uma entrevista ao "El Mundo" onde afirma: "O medo é o mais fácil de manipular". Considerada a voz da consciência do "pós-capitalismo", Klein é conhecida pela obra "No Logo". Para ela Trump é um "reality-show". Diz: "Sinto desconcerto. Desconcerto perante o show de Trump. Creio que a sua grande habilidade é que consegue desestabilizar as pessoas constantemente. A sua presença permanente nos meios de comunicação torna difícil encontrar um espaço para a reflexão. (…) No meu novo livro tento explicar que Trump não é um choque, é um cliché".

No Brasil olha-se para o avanço da extrema-direita. É o que faz Luís Ruffato no "El País/Brasil": "A candidatura de extrema-direita do deputado Jair Bolsonaro, que aparece nas pesquisas de opinião pública como forte nome para disputar um segundo turno das eleições presidenciais do ano que vem, seja contra o petista Luiz Inácio Lula da Silva, seja contra qualquer outro candidato, na ausência deste, deve ser pensada no contexto do viés totalitário da população brasileira. (…) Para combater problemas complexos, a população prefere esse caminho, que é mais fácil e ilusório". Já Bernardo Mello Franco, na "Folha de S. Paulo" discorre sobre as mudanças na polícia: "Depois de se livrar do procurador que o denunciou duas vezes, o presidente Michel Temer vai mudar o comando da Polícia Federal. A troca atende à pressão de outros políticos sob suspeita e lança novas dúvidas sobre o futuro da Lava Jato. O delegado Leandro Daiello dirigiu a PF por quase sete anos. Foi bombardeado no governo Dilma Rousseff, mas conseguiu resistir no cargo. Não teve a mesma sorte com Temer, que assumiu com a promessa de não interferir nas investigações. Agora a polícia passará a receber ordens de Fernando Segóvia, um delegado com fortes conexões na política. (…) Mesmo assim, é curioso ver tantos investigados festejando a escolha de seu novo investigador."
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