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As eleições francesas e a nova política americana

Em França, pode estar a discutir-se o futuro da União Europeia. E nos EUA há sinais de que Trump, afinal, está a aproximar-se do "establishment".

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Apesar dos dislates do seu porta-voz. Sinais dos tempos. No Guardian, o sempre estimulante Owen Jones escreve: "França está zangada. Depois de cinco anos de François Hollande - um Presidente fraco que traiu a esperança que o levou ao poder - a pobreza está a crescer. (…) Mais uma vez, França mostra onde estão desenhadas as linhas de batalha na Europa. Os centristas europeus estão admirados pela subida da nova esquerda e da direita xenófoba. Eles não conseguem aceitar que a velha ordem está quebrada e que milhões de europeus querem uma ruptura. (…) O que acontecer em França este mês vai ajudar a determinar o futuro de todo o continente."

Nos EUA, o porta-voz de Trump, Sean Spicer, veio dizer, ao compará-lo com Bashar al-Assad, que Hitler não tinha usado armas químicas contra o seu povo (esquecendo que muitos dos judeus mortos nos campos de concentração eram de nacionalidade alemã). Enfim. No Washington Post, David Ignatius está confiante: "Nos testes cruciais da última semana, o presidente Trump fez boas decisões sobre a Síria, a Rússia e a China - movendo a sua administração errática para mais próximo dos pilares da política tradicional americana. Trump também se aproximou da China e afastou-se da Rússia no jogo triangular de nações jogado por esta administração, no seguimento do que foi feito por Henry Kissinger, o aparente mentor de Jared Kushner." No Independent, Matthew Norman critica esta fúria contra a Rússia: "Não é preciso ser um nacionalista russo para perceber como este povo está farto de lições sobre intervenções militares na Síria por parte de países cuja falta de cuidado desestabilizou toda a região em primeiro lugar e depois decidiram saltar fora. (…) O gás sarin é repugnante agente de morte. Mas a Grã-Bretanha e os EUA também têm armas repugnantes."


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